quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Envio de gás da Bolívia ao Brasil cai pela metade

Do Estado de S. Paulo

Um novo incidente interrompeu totalmente as operações do principal gasoduto que transporta gás da Bolívia para o Brasil, segundo informou nesta quinta-feira a empresa que administra o gasoduto, Transierra. Em comunicado, a empresa afirmou que uma válvula de segurança na estação de Buena Vista, a 70 quilômetros de Villa Montes, foi "manipulada, gerando interrupção total do serviço que prestamos pelo GASYRB (gasoduto Yacuíba-Rio Grande)". "Atualmente, desconhecemos a forma como se efetuou essa manobra e se há danos", disse a Transierra. "Já mobilizamos pessoal para tomar as medidas necessárias."

Na quarta-feira, uma explosão em outro ponto do mesmo gasoduto teria reduzido em 3 milhões de metros cúbicos diários o envio de gás ao Brasil. Na nota desta quinta-feira, a Transierra afirmou apenas que "até esta madrugada a área ainda seguia em chamas, motivo pelo qual não pudemos ter acesso para avaliar os possíveis danos".

Em uma entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, disse que as Forças Armadas bolivianas devem ser convocadas para resguardar os campos de petróleo. Arce denunciou uma "tentativa de golpe civil", conduzido por pequenos grupos que promoveram atos de "vandalismo" e de "terrorismo" nos últimos dias. "A polícia já está investigando os responsáveis pelos atos de vandalismo e terrorismo". Entre os terroristas, listou a União Juvenil Crucenhista. Arce insistiu que esses grupos são financiados e respondem a ordens, mas não identificou claramente de quem. Conforme argumentou, a onda de violência coincidiu com a chegada no país de um líder da oposição que vivia em Miami.

Segundo Arce, embora o Estado de Sítio seja uma das alternativas constitucionais para a imposição da ordem no país, o governo boliviano resiste em decretá-lo porque submeteria toda a população do país a uma situação de emergência por conta de ações de grupos pequenos e regionais. Questionado sobre a resistência das Forças Armadas em reagir aos ataques civis às instalações do setor de gás e aos prédios públicos, por desconfiança de que o governo Morales não assumirá a responsabilidade pelas conseqüências, Arce insistiu que os militares "estão respondendo ao mandato do presidente". "As Forças Armadas vão participar do restabelecimento da ordem e da captura dos terroristas", declarou.

O embaixador da Bolívia no Brasil, que participou da entrevista coletiva ao lado de Arce, em um hotel em Brasília, ressaltou que a Bolívia nunca descumpriu contrato de fornecimento de gás para o Brasil e que "atos terroristas não podem estar nas previsões de nenhum governo".

(Com Leonardo Goy, Denise Crispim Marin e Renata Miranda, de O Estado de S. Paulo, e BBC Brasil)

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Ou seja, você que gastou cerca de dois mil reais pra colocar um "Kit Gás" no seu automóvel nos últimos dois anos e que agora já paga pelo combustível mais caro que o álcool, e logo logo deve começar a pagar quase o mesmo preço da gasolina pode começar a gritar:

Maldito presidente bugre filho da p%#@!!!

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