sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Desculpas ao esporte e aos atletas brasileiros

Por RONALDO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO*

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;

Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;

Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;

Desculpem pela falta de incentivo na base;

Desculpem pela falta de praças esportivas;

Desculpem pelo discurso de que "o esporte serve para tirar a criança da rua" (é muito pouco se for só isso!);

Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;

Desculpem se muito cedo lhe tiraram o "esporte-brincadeira" e lhe impuseram o "esporte-profissão";

Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;

Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um "exame de faixa";

Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.

Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;

Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;

Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;

Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;

Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;

Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;

Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);

Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a "Lei do Gérson" (coitado do Gérson);

Desculpem pelos secretários de esporte de "ocasião", cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);

Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;

Desculpem por pensar em organizar "Olimpíadas" se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;

Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se "exilarem" no exterior caso pretendam se aprimorar no esporte;

Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.

Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;

Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;

Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;

Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;

Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

*Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho é professor da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB) e da Universidade Católica de Brasília.

Quase lá...

Mais uma semana sem postagens. Meu Pc continua fora do ar, mas, se der tudo certo, devemos ter tudo funcionando novamente na próxima semana.

Vamos ver se dá pra voltar antes das eleições.

Abraços!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ô boca!

Seis dias sem novas postagens... o que isso significa?

Que o pc deste blogueiro aqui pifou, nunca vi, a gente não pode mais nem brincar com as coisas!

Bom, as eleições continuam rendendo uma série de piadas que, só não são mais engraçadas porque esses malditos candidatos talvez acreditem mesmo nas barbaridades que eles falam...

As Paraolimpíadas se encerraram com mais uma bela participação do Brasil, batemos o nosso recorde de medalhas de ouro na competição (foram 16em Pequim, contra 14 em Atenas-2004), mesmo com o prejuízo que levamos com a reclassificação do nadador Clodoaldo Silva.

Terminamos os Jogos na 9ª colocação, também uma marca histórica, pois preciso corrigir o que escrevi sobre a nossa participação nas Paraolimpíadas de Atenas, ficamos em 14º lugar e não em 4º como escrevi anteriormente. Desculpem-me pela pequena incorreção.

Meus parabéns à todos os nossos atletas paraolímpicos que estiveram em Pequim, mais uma vez marcando o nome de nosso país na história do esporte.

Abraços!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Flamengo 'blinda' Jade e a proíbe de dar entrevistas
Motivo é a briga do pai com a confederação de ginástica artística, pela lesão grave no pulso direito

Por Milton Pazzi Jr. - estadao.com.br

SÃO PAULO - O Flamengo resolveu criar uma couraça em Jade Barbosa para não prejudicar ainda mais a recuperação de sua lesão no pulso direito. Ela está proibida de dar entrevistas e pode até não disputar a finalíssima da Copa do Mundo de ginástica artística, em dezembro, por estar envolvida numa briga com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que é acusada de esconder o problema, com o arquiteto César Barbosa, pai da atleta.

A decisão de mantê-la longe dos jornalistas, tomada pela vice-presidência de Esportes Olímpicos do clube, não tem prazo para terminar, já entendo a polêmica que o caso criou. "Só estamos pensando na recuperação dela. [Os jornalistas] só poderão fazer imagens. Eu não tenho detalhes de como foi o trabalho com ela na Olimpíada, porque não estava lá. Mas confirmo que a lesão é grave e agora temos muito a fazer", diz o técnico da ginasta no Fla, Ricardo Pereira.

Com muita fisioterapia e exercícios em academia, a intenção do clube é recuperá-la para o principal evento do esporte. É certo que Jade não participará da etapa da Copa do Mundo agora em outubro. "A Jade não pode nem pegar num mouse. Ela toma remédios para se recuperar e treina os outros segmentos normalmente", reforça Pereira. A lesão no pulso direito, segundo relato da assessoria de Imprensa do clube, é resultado de um desgaste que faz com que tenha um pulso como o de uma pessoa de 50 anos.

A acusação mais recente foi feita pela atleta, que diz ter tomado o remédio Prexige, antiinflamatório com comercialização suspensa pela suspeita de causar efeitos colaterais, em quantidade acima da recomendada - até três comprimidos por dia, ao invés de um - para poder disputar a Olimpíada de Pequim. A CBG, mediante a acusação, anunciou que concederá uma entrevista coletiva nesta sexta em Curitiba com a presença do médico da entidade, Mário Namba.

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Agora eu quero ver o canalha do Galvão Bueno falar naquela maldita "força mental", termo que ele inventou durante as Olimpíadas para classificar os atletas que ganharam (os que tem a tal "força") e os que não ganharam medalhas (os que não tem).

Pelo menos ter o pulso de uma pessoa de 50 anos ele sabe como é. Aliás, sabe até como é o pulso de alguém bem mais velho.

Vocês conhecem esse lugar?

Aliás, ontem assistindo ao debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, vendo eles falarem sobre as suas realizações, conquistas e etc, eu fiquei com a impressão de que tô morando na cidade errada, essa aqui onde eu estou não deve ser a mesma que eles falaram lá não!

Fui só eu ou vocês também pensaram nisso?

Eleições 2008 - 2º Debate da Band em São Paulo

Ontem rolou o debate entre os candidatos à prefeito de São Paulo.

Embora com muito blá, blá, blá (como sempre ocorre), a discussão foi bem mais "animada" do que a que ocorreu no mês passado.

Fazendo uma análise rápida, para mim quem levou vantagem foi o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Afinal, como disse o Noblat em seu blog, ele entrava lá com a campanha em plena ascenção, enquanto Alckmin (PSDB) vem numa certa decadência, ou seja, era só manter o ritmo e desviar-se das "balas" disparadas pelos adversários que, no mínimo, perder o ritmo do crescimento ele não iria.

Soninha Francine (PPS) foi mal novamente, muito nervosa e distraída, acabou levando uma "invertida daquelas" de Paulo Maluf (PP) no segundo bloco.

Maluf é "macaco velho", com a velha lábia que lhe é tão peculiar, foi quem quebrou o marasmo inicial do debate com suas frases de efeito. Mas bater daquele jeito na gracinha (mas inexperiente) da Soninha foi quase covardia.

Ivan Valente (PSOL) e Renato Reichmann (PMN) foram nulos, com presenças tão perceptíveis quanto a de seus minúsculos partidos. Ciro Moura (PTC) só não entra nessa classificação pois, para mim, é impossível não notar uma piada pronta quando estou diante de uma.

Marta Suplicy (PT) trocou farpas com Alckmin e com Kassab, gaguejou em ambas, mas saiu-se melhor contra o atual prefeito.

A continuar nesse ritmo quando é confrontada pelos seus dois principais adversários, corre o risco de perder a mão da campanha no 2º turno e perecer diante de um deles, caso Alckmin e Kassab se apóiem mutuamente, independentemente de quem disputar o próximo turno.

Ela deve estar rezando pra Kassab passar Alckmin, num segundo turno contra o democrata ambos terão que apostar na memória curta do eleitor, afinal, é bom não esquecermos que, Kassab foi Secretário de Planejamento da gestão Celso Pitta, e hoje é o prefeito queridinho da burguesia.

Enquanto Marta(xa) Suplicy teve um final de mandato tão desgastante com a população paulistana que levou uma "surra" nas urnas quando tentou se reeleger em 2004, e mesmo assim volta quatro anos depois, com as mesmas propostas, e lidera as pesquisas com folga sobre os candidatos tucano e democrata.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Brasil com "z"

Da Renata Lo Prete no Painel da Folha de S. Paulo de 04/09:

“Carro usado 1. Ao devolver anteontem à Justiça as chaves do Land Rover apreendido da MSI em 2007, Protógenes Queiroz disse que ele foi utilizado “exclusivamente” em diligências da Satiagraha. O delegado da PF, porém, continuou a usar o carro mesmo depois de ter sido afastado da operação. Em 20 de julho, estacionou-o pela última vez no aeroporto de Congonhas.

Carro usado 2. Dali Protógenes seguiu para Brasília. O Land Rover foi recolhido pela polícia mais de duas semanas depois a partir de uma notificação do estacionamento, que estranhou o abandono do veículo pelo “doutor Queiroz”. Era assim que o chamavam os funcionários do local, onde ele sempre aparecia dirigindo o Land Rover.

Carro usado 3. A Superintendência Regional de PF diz ter tomado conhecimento do incidente com o Land Rover pela imprensa, há menos de uma semana. Na verdade, foi notificada do recolhimento do carro em 14 de agosto.”

Charge - Neo


Dica das Paraolimpíadas

Já que na TV aberta é quase impossível se obter alguma informação, além do básico, sobre os Jogos Paraolímpicos de Pequim, fica aqui a dica para a cobertura feita pelo Estado de São Paulo em sua versão online.

Clique aqui e acompanhe também as notícias que não são retransmitidas neste blog.

Abraços!

Daniel Dias conquista seu quarto ouro nos Jogos Paraolímpicos

Do Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Daniel Dias não pára de brilhar nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Na noite desta quinta-feira (manhã no Brasil), o atleta ganhou a quarta medalha de ouro ao conquistar a vitória nos 200 metros medley na classe SM5 (atletas com limitações físico-motoras).

No Cubo D'Água, Daniel Dias já havia vencido a disputa dos 50 metros costas (com 35s28), dos 100 metros livre (com 1min11s05, recorde mundial) e dos 200 metros livre (com 2min32s32, recorde mundial), além de ganhar uma prata nos 50 metros borboleta e um bronze no revezamento 4x50 metros classe 20 pontos.

Aos 20 anos, Daniel Dias foi soberano na disputa dos 200 metros medley. Ele estabeleceu o tempo de 2min52s60 e cravou o novo recorde mundial e paraolímpico da modalidade. O segundo colocado, o chinês Junquan He, ficou bem atrás, com 3min00s92.

Paulista, Daniel Dias tem má formação congênita dos membros superiores e perna direita. Ele, que nada em Pequim com uma bandeira do Brasil desenhada na cabeça, começou a praticar a natação aos 16 anos.

Outro brasileiro que esteve na final dos 200 metros medley foi Ivanildo Vasconcelos. Ele terminou a disputa em sexto lugar.

A natação é o esporte que mais rendeu medalhas para o Brasil - dez até o momento. Além das conquistas de Daniel Dias, o País somou dois ouros e uma prata com André Brasil e uma prata com Phelipe Rodrigues.

Envio de gás da Bolívia ao Brasil cai pela metade

Do Estado de S. Paulo

Um novo incidente interrompeu totalmente as operações do principal gasoduto que transporta gás da Bolívia para o Brasil, segundo informou nesta quinta-feira a empresa que administra o gasoduto, Transierra. Em comunicado, a empresa afirmou que uma válvula de segurança na estação de Buena Vista, a 70 quilômetros de Villa Montes, foi "manipulada, gerando interrupção total do serviço que prestamos pelo GASYRB (gasoduto Yacuíba-Rio Grande)". "Atualmente, desconhecemos a forma como se efetuou essa manobra e se há danos", disse a Transierra. "Já mobilizamos pessoal para tomar as medidas necessárias."

Na quarta-feira, uma explosão em outro ponto do mesmo gasoduto teria reduzido em 3 milhões de metros cúbicos diários o envio de gás ao Brasil. Na nota desta quinta-feira, a Transierra afirmou apenas que "até esta madrugada a área ainda seguia em chamas, motivo pelo qual não pudemos ter acesso para avaliar os possíveis danos".

Em uma entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, disse que as Forças Armadas bolivianas devem ser convocadas para resguardar os campos de petróleo. Arce denunciou uma "tentativa de golpe civil", conduzido por pequenos grupos que promoveram atos de "vandalismo" e de "terrorismo" nos últimos dias. "A polícia já está investigando os responsáveis pelos atos de vandalismo e terrorismo". Entre os terroristas, listou a União Juvenil Crucenhista. Arce insistiu que esses grupos são financiados e respondem a ordens, mas não identificou claramente de quem. Conforme argumentou, a onda de violência coincidiu com a chegada no país de um líder da oposição que vivia em Miami.

Segundo Arce, embora o Estado de Sítio seja uma das alternativas constitucionais para a imposição da ordem no país, o governo boliviano resiste em decretá-lo porque submeteria toda a população do país a uma situação de emergência por conta de ações de grupos pequenos e regionais. Questionado sobre a resistência das Forças Armadas em reagir aos ataques civis às instalações do setor de gás e aos prédios públicos, por desconfiança de que o governo Morales não assumirá a responsabilidade pelas conseqüências, Arce insistiu que os militares "estão respondendo ao mandato do presidente". "As Forças Armadas vão participar do restabelecimento da ordem e da captura dos terroristas", declarou.

O embaixador da Bolívia no Brasil, que participou da entrevista coletiva ao lado de Arce, em um hotel em Brasília, ressaltou que a Bolívia nunca descumpriu contrato de fornecimento de gás para o Brasil e que "atos terroristas não podem estar nas previsões de nenhum governo".

(Com Leonardo Goy, Denise Crispim Marin e Renata Miranda, de O Estado de S. Paulo, e BBC Brasil)

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Ou seja, você que gastou cerca de dois mil reais pra colocar um "Kit Gás" no seu automóvel nos últimos dois anos e que agora já paga pelo combustível mais caro que o álcool, e logo logo deve começar a pagar quase o mesmo preço da gasolina pode começar a gritar:

Maldito presidente bugre filho da p%#@!!!

Enquanto isso no Engenhão...


Não faça como o time do Dunga, e não perca as histórias da carochinha e outras desculpas esfarrapadas na coletiva de imprensa!

Agradecimentos ao Kibeloco.

Desgraça pouca é bobagem

Jogador comemora com pirueta e quebra a perna, mas gol é anulado

Já dizia meu velho avô: "Na vida não há nada tão ruim, que não possa piorar."

Palavras sábias, que eu só fui entender de verdade depois de ver o vídeo que ilustra a notícia da chamada acima:



Porra! Se não bastasse o cara jogar no campeonato de futebol dos Estados Unidos (um dos mais chatos do mundo), quebrar a perna comemorando um gol que foi anulado e sair do jogo com pouco mais de 5 minutos de partida... o cara ainda é argentino!?

PQP! Vai ser azarado assim no inferno!

Deus o livre!

A seleção mais clichê do mundo

A seleção do Dunga esteve em campo nesta quarta-feira num 0x0 horrendo contra a Bolívia. Time mais 'lugar comum' impossível.

Um festival de clichês.

Dunga convocou mal como sempre, teve pouco tempo para treinar o time como sempre, e mesmo esse pouco tempo foi mal aproveitado como sempre, com rachões, treinos "me engana que eu gosto" e folga, muita folga, para os nossos folgados jogadores.

A vitória do último domingo foi um imenso engodo, o Chile pressionava e encurralava o selecionado canarinho até levar o primeiro gol e se perder completamente na partida.

O 3x0 de Santiago foi a típica vitória enganosa, um resultado contundente que mascara os erros e força à enxergar virtudes mesmo onde elas não existam, mais clichê impossível.

Aliás, é possível sim, porque culpar o Dunga e seus protegidos é comum, mas o que falar dos queridinhos (até) da torcida como Robinho, Ronaldinho, Luis Fabiano e outros medalhões?

Nada, absolutamente nada... de novo.

Apenas para não perder o costume, nossos atletas tãããããão consagrados entraram em campo num ritmo de treino, não o de um treino de verdade, mas dos treinamentos "água com açucar" da dupla Dunga-Jorginho.

Mais uma vez desrespeitaram a camisa verde e amarela, envergonharam a tradição do nosso futebol, irritaram o torcedor e saíram de campo sob uma chuva de vaias.

Mas vaiar a Seleção, corinhos de "Burro! Burro!" e "Adeus, Dunga! Adeus, Dunga!" já são clichês nessas Eliminatórias, a galera de Sampa e BH também já havia feito isso antes.

Ao menos uma coisa foi novidade, o campo vazio.

Num estádio com capacidade para 45 mil pessoas, o público quase não bateu dois terços desse total, mesmo com mais de 15 mil ingressos distribuídos gratuitamente à convidados da CBF, autoridades, cartolas, políticos e outros quetais.

Se a coisa não mudar, vou começar a 'copiar e colar' os posts antigos sobre o Brasil, porque tentar falar algo de novo sobre quem faz sempre a mesma coisa não dá.

Pra não perder mais um clichê da Seleção, vamos à nossa boa e velha avaliação.

Júlio César: não teve trabalho, a Bolívia só se defendeu durante o jogo. - 6,0
Maicon: um inútil. Mas nem contra a Bolívia ele consegue fazer alguma coisa que preste. - 2,0
Lúcio: determinado e guerreiro. Já que a Bolívia não atacava mesmo, foi pra frente tentar criar alguma coisa. - 6,0
Luisão: sem trabalho nenhum. Não teve à quem marcar, mas sem a disposição de Lúcio. - 5,5
Juan: fraco, pouco apoiou. Foi testado e provou que não serve para a Seleção. - 2,5
Josué: marcou bem, e tentou ajudar os meias. Levou cartão num lance em que ele sofreu a falta. - 5,5
Lucas: apagado. Poderia ter revezado com Josué no apoio ao ataque. - 4,0
Diego: um "cai-cai". Não serve pra ser o cérebro da Seleção, só joga no clube. - 4,5
Ronaldinho: continua fora de ritmo. Ou coloca a cabeça no lugar, a bola no pé e volta a chamar a responsabilidade, ou irão acabar com a carreira dele antes dos 30. - 1,0
Robinho: quem sabe daqui a dois anos ele jogue o futebol para ser o melhor do mundo como ele sempre faz questão de prometer nas entrevistas. Com a "bolinha" de atualmente não dá. - 1,5
Luis Fabiano: brigador jogando isolado no ataque. Buscou pouco os outros dois atacantes para tentar criar alguma coisa. - 5,0
Júlio Baptista: sempre voluntarioso. Sempre mal tecnicamente, ainda quase marcou um gol de cabeça. - 5,5
Nilmar: jogou pouco. - sem nota
Elano: jogou pouco. - sem nota
Dunga: precisa falar? Totalmente perdido, tem servido como boi-de-piranha para Ricardo Teixeira convencer seus pares na CBF à aceitarem a volta de Luxemburgo. - 0,0

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Catalunha em crise com seu xodó

Por Vitor Birner:

O Barcelona, um dos maiores orgulhos catalães, passa por mau momento com seu público.
O problema começou quando Guardiola escalou a equipe reserva na semifinal da Copa da Comunidade Catalã.

A cartolagem do clube deu o devido respaldo ao treinador que convive com as críticas da imprensa e fãs do Barcelona, e virou alvo.

Os engajados da região consideraram extremamente desrespeitosa a opção.

Quando o Barcelona entrou no gramado para enfrentar o Sant Andreu, três mil e quinhentos torcedores gritavam “Barça, sim. Laporta, não”.

É bom lembrar que por conta da eliminatória européia para a Copa do Mundo, apenas sete atletas do time principal estavam disponíveis.

Nenhum deles foi relacionado para o duelo que terminou com derrota barcelonista, de virada, por 3×1.

O presidente do Repitenca, clube anfitrião da competição, Tomas José, disse que “o Barcelona discriminou todos que se esforçam para o crescimento da Catalunha”.

O prefeito de San Carlos de La Rápita (cidade que recebeu o torneio) declarou ser torcedor do Barcelona, mas disse que deveria repensar as razões de não torcer pelo Espanyol.

Ingressos devolvidos e acusações de falta de apresso do Barça também foram comuns em várias reclamações.

O Sant Andreu vai encarar o Espanyol, que se classificou com a vitória diante do Santboià por 5×1, na decisão.

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A guerra entre o Barcelona e os aficcionados fãs em todo o mundo continua. A diretoria, através de seu presidente Joan Laporta está extremamente desgastada. A grande maioria apóia o clube incondicionalmente, mas pede por mudanças. Inclusive este blogueiro que vos escreve.

O mandato de Laporta vai até o próximo ano.

.

O Brasileiro Voador

Por Roberto Vieira

No tempo que você leva para ler estas palavras, um brasileiro voou para a medalha de ouro.

O estádio é o mesmo.

O Ninho do Pássaro em Pequim. Um homem dispara pela pista de atletismo.

Mas ele não é Usain Bolt.

Estes são os Jogos Paraolímpicos.

E seu mundo não percebe as cores das arquibancadas.

A linha de chegada.

Seu mundo perdeu os detalhes e contornos depois de um descolamento de retina.

Como um Tostão redivivo, intuindo explosão e arte. Como um Sugar Ray Leonard.

Porém, com o agravante de um diagnóstico terminal.

A escuridão por destino.

Pela escuridão do seu novo mundo, Lucas Prado voou na distante Pequim dos mandarins.

Pela escuridão sem fim, Lucas Prado correu os 100m rasos em inimagináveis 11s03.

Apenas 1s34 mais lento que Usain Bolt.

No tempo que você leva para ler estas palavras, um brasileiro voou para a medalha de ouro.

Flash.

Na mais completa escuridão...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Máquina do Hype*
Como os excessos de publicidade podem prejudicar nossa experiência de jogo

Por Fábio Santana:

“Tradução não é uma ciência exata”, disse, sabiamente, um amigo meu. Louis Hjelmslev, lingüista dinamarquês, afirmou que cada língua ordena a realidade de uma maneira distinta. O fato é que nós, brasileiros, não temos uma palavra para o termo de origem americana “hype”. Pode-se falar em “exagero”, “badalação”, “alarde”, mas nenhuma palavra, sozinha, sintetiza, com exatidão, o conceito carregado pelo termo original. É preciso explicá-lo em uma construção mais extensa: “propaganda ou discussão na mídia dizendo, ostensivamente, ao público o quão bom ou importante é algo”. Seria algo como “publicidade exagerada”. No âmbito dos jogos eletrônicos, a máquina do hype é bem conhecida, pois é a ferramenta de muitas empresas para alimentar, com seus excessos, o interesse do público.

Durante uma reunição de investidores em maio deste ano, Satoru Iwata, o presidente da Nintendo, ilustrou muito bem o problema: “Sentimos agora que as informações estão sendo consumidas e tornadas obsoletas mais rápido do que nunca. Quando penso na situação atual como um consumidor, quando sou exposto a novas informações cedo demais, sinto que já estou cansado do produto quando ele finalmente é lançado”.

Ironicamente (ou talvez este tenha sido justamente o motivo para a declaração de Iwata), um dos jogos recentes que teve a maior enchente de mídia foi Super Smash Bros. Brawl, da própria Nintendo. O jogo foi mencionado na E3 2005, teve o primeiro trailer exibido na E3 2006 e, a partir de maio de 2007, teve notícias diárias em um blog dedicado. Foram cerca de 300 atualizações ao longo de 11 meses. Quando enfim pude colocar as mãos no jogo, tive a impressão de que já conhecia mais do que deveria. Fico imaginando qual seria minha reação ao descobrir, jogando, cada personagem e golpe. Infelizmente, a alegria da descoberta, aquela doce sensação de voltar à primeira infância, me foi roubada.

Outro bom exemplo de como o exagero de publicidade pode prejudicar a experiência inicial com o produto é Metal Gear Solid 4. Durante quase três anos, Kojima e sua equipe produziram cerca de uma dúzia de trailers, alguns com mais de 15 minutos, exibindo personagens, cenas de ação e cenários diversos. Por mais que você não consiga, obviamente, ter noção do desenrolar da trama através de vídeos promocionais, trechos importantes deles passeiam entre o seu consciente e o seu inconsciente e se alojam em um e em outro, arruinando o efeito de surpresa que algumas cenas poderiam causar no produto final.

Alguns jogos, por mais que tenham ciclos de desenvolvimentos extensos e sejam divulgados com bastante antecedência, não são vítimas graves desse mal. É o caso dos jogos da série Final Fantasy e de muitos outros RPGs, que costumam ter apenas uma premissa básica revelada, bem como detalhes vagos de protagonistas e antagonistas. Áreas avançadas geralmente não são exibidas e as reviravoltas da trama não são nem de leve aludidas. A experiência final do jogador é preservada.

O Team ICO da Sony também costuma mostrar apenas o necessário. Foi assim com ICO, com Shadow of the Colossus e, agora, com seu próximo projeto, do qual só temos uma arte conceitual – e isso bastou para despertar o interesse, sem hiperbolismos. E o que dizer da Rockstar Games? Conhecemos seus projetos com bastante antecedência, mas só vamos ver as primeiras telas e vídeos dois ou três meses antes do lançamento.

Há diversas maneiras de divulgar produtos e gerar percepção, mas nem todas respeitam a castidade dos consumidores (ou mesmo os anseios da equipe de criação, em alguns casos). Se todos os departamentos de publicidade planejassem com mais cautela o que e quando deveria ser mostrado, valorizando relevância e não quantidade, nosso primeiro contato com os jogos seria mais epifania e menos déjà-vu.

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Fabio Santana, 29, iniciou sua carreira de jornalista de games em 1995 como editor da revista Gamers. Posteriormente, na Conrad Editora, lançou a revista SuperDicas PlayStation. Foi editor executivo do núcleo de games da Futuro Comunicação e editor da revista EGM Brasil. Atualmente, integra a equipe de jornalistas de games da Editora Europa, como editor do núcleo de Gaming Books. Também escreve para as revistas Dicas & Truques para PlayStation, GameMaster, Revista Oficial do Xbox 360 e NGamer Brasil.

* Texto originalmente publicado na Revista GameMaster nº 43, Agosto de 2008.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dunga respira

Por Juca Kfouri:

O Chile é tão ruim que em dois lances o Brasil liquidou o jogo, primeiro com Luís Fabiano, o melhor em campo, e depois com Robinho, em passe de Luís Fabiano.

Robinho que, por sinal, tinha perdido um gol feito nem bem o jogo tinha 10 minutos.

Verdade que o chileno Suazo perdeu outro, em seguida.

Embora ninguém tenha perdido pênalti, com exceção de Ronaldinho, que pusera a bola na cabeça de Luís Fabiano no primeiro gol.

Seja como for, e já com Valdívia em campo, o Chile não podia mesmo ser oponente, como muito menos a Bolívia será na quarta-feira.

No segundo tempo, genial, Kléber tratou de ser expulso, burrice felizmente compensada por outro esperto, Valdívia, em seguida.

Então, o árbitro não deu um pênalti para o Chile e Luís Fabiano todo atrapalhado fez 3 a 0.

Dunga sobrevive, tomara que desista de Kléber por enquanto, ao menos, e de Diego, como titular, para sempre.

Este blog, em homenagem à vitória e ao Dia da Independência do Brasil, se exime de dar notas.

Até porque elas não seriam muito generosas.

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Concordo em gênero, número e grau. O que está aí em cima é basicamente o que eu pensava em escrever, no caminho de volta para casa, após assistir à partida na casa de um amigo, inclusive tentava achar um pretexto bom para não ter que dar notas à nossa péssima Seleção.

Na quarta-feira voltaremos com a programação normal.

domingo, 7 de setembro de 2008

Boca-de-siri

Por Tutty Vasques:

Se "a única tecnologia antigrampo efetivamente eficaz é não abrir a boca", como disse no Congresso o chefe do gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, isso quer dizer o seguinte: dona Marisa Letícia é mesmo uma mulher à frente de seu tempo. Não dá um pio, repara só!

Tudo uma questão de pensamento positivo

Tá vendo!? Eu disse de manhã que a ausência do Galvão "Canalha" Bueno na transmissão da F-1 era um bom presságio pro Felipe Massa.

Mesmo com o carro não andando tanto assim, e ainda dando aquela "segurada básica no acelerador" pra evitar mais uma biela estourada no motor, Massinha viu a vitória cair-lhe no colo após a batida de Raïkkönnen e a punição dada ao Lewis Hamilton por uma ultrapassagem considerada irregular.

Agora a "sagrada" arte do locutor global precisa ser evocada mais uma vez.

As 22h tem jogo da Seleção do Dunga contra o Chile, e com mais umas duas ou três "secadas" daquelas que só Galvão sabe dar, talvez nos vejamos livres do tormento de ter o capitão do Tetra no (des)controle do Brasil.

Cruzar os dedos não vai matar ninguém mesmo, né não!?

Na contagem regressiva e na torcida

Daqui a poucas horas começa o jogo da Seleção do Dunga e do Ricardo e Teixeira (porque, com essa porcaria de futebol jogado, isso não é Brasil nem fod...).

Mesmo assim continuo torcendo para que essa seja uma das últimas vezes em que nós metamos o pau no time do Dunga.

Quem sabe, daqui a umas duas semanas, nós já estejamos metendo o pau na Seleção do Luxemburgo, do Muricy ou do Paulo Autuori?

Não custa nada torcer.

Trocando as rodas

Felipe Massa pode até ter ficado feliz pela presença de Cléber Machado na transmissão do GP da Bélgica de F-1, mas para a língua portuguesa a coisa não é tão animada assim.

Trocar roda dianteira direita por roda traseira dianteira!?

Faça-me o favor sr Machado, nem Galvão Bueno, o homem que inventou a "reta curva de Mônaco", que contraria e nega as leis da física em rede nacional, tentaria se desculpar desse equívoco colocando a culpa naquela pobre Tyrrell de 6 rodas.

Paraolimpíadas 2008: 1º ouro do Brasil

Daniel Dias ganha o primeiro ouro do Brasil na Paraolimpíada
Nadador crava o tempo de 1min11s05 e estabelece o novo recorde mundial na disputa dos 100 metros livre S5

Do Estado de São Paulo

SÃO PAULO - O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. O nadador Daniel Dias venceu neste domingo a disputa dos 100 metros livre da categoria S5 (atletas com limitações físico-motoras) ao cravar a marca de 1min11s05 (novo recorde mundial).

Dias, que liderou a fase classificatória, abriu vantagem nos metros finais e superou o ucraniano Dmytro Kryzhanovsky, que ficou com a prata ao cravar 1min12s73. O bronze foi para o atleta norte-americano Roy Perkins, com 1min15s31.

A medalha de ouro foi muito comemorada pelo atleta de 20 anos. "Estou surpreso com o meu tempo", revelou Daniel Dias ao SporTV. "Agradeço a todos que me ajudaram e me apoiaram nessa disputa. E isso é apenas o começo para escutar o hino brasileiro em Pequim."

Clodoaldo Silva, que se envolveu numa polêmica antes das Paraolimpíadas (foi obrigado a mudar de categoria em uma reavaliação funcional exigida pelo Comitê Paraolímpico Internacional), terminou apenas na sexta colocação, com a marca de 1min21s14.

Os brasileiros também estiveram presentes em outras finais neste domingo. Na disputa dos 200 metros livre, na categoria S2 (atletas com limitações físico-morotas), Adriano Pereira foi o quinto colocado, enquanto Gabriel Feiten ficou na oitava posição. O ouro foi para o russo Dmitry Kokarev, com o tempo de 4min45s43 (recorde mundial).

Nos 100 metros livre da categoria S3 (atletas com limitações físico-morotas), Genezi Andrade terminou apenas na sexta posição. A medalha de ouro foi para o atleta chinês Du Jianping, que estabeleceu 1min35s21 (recorde mundial).

Quem esteve perto do pódio foi a brasileira Edenia Garcia, que terminou em quarto lugar na disputa dos 100 metros livre (S4), com 1min58s02. A medalha de ouro nesta prova ficou com a mexicana Nely Miranda, com 1min44s11.

Bom sinal

Boas novas vindas da Bélgica!

Apesar de largar em segundo lugar, o brasileiro Felipe Massa já chega antes da largada com uma considerável vantagem.

Quem narra a corrida é o Cléber Machado, que é menos "pé-frio" do que o Galvão Bueno.

Depois da prova eu volto!

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Perdeu a razão

O goleiro da Seleção Brasileira, Júlio César, foi muito infeliz e deselegante essa semana.

Tudo bem que, ser criticado e comparado com um argentino, e ainda ser colocado num nível abaixo do dele, deve ser fogo pro sujeito digerir.

Mas retrucar mandando o Lula ir morar lá na Argentina foi um pouco de abuso.

Ele, praticamente, mandou o Presidente à merda!

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Compensando o post anterior...

Putz! Agora, depois de publicado, é que eu notei que o último post ficou imenso, e você, que teve paciência de lê-lo até o fim deve estar se perguntando:

"Esse filho da mãe fica quatro dias sem escrever e quando volta resolve fazer uma Bíblia!?"

Por isso esse aqui vai ficar só com seis linhas pra equilibrar um pouco.

Abraços! (Agora são sete linhas...)

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Três momentos diferentes e decisivos na F-1

Daqui a pouco começa o GP de Fórmula 1 da Bélgica em Spa-Francorchamps, o circuito favorito de dez entre dez pilotos na F-1.

Depois de Spa, faltarão "apenas" cinco provas.

As aspas são para indicar que, mesmo com dois terços de mundial já disputados, nada ainda está definido, e muita emoção deve rolar até a última prova no dia dois de novembro em Interlagos.

Três pilotos chegam nessa "final antecipada" com momentos bem distintos entre eles, mas com um único objetivo em comum, o título.

Apesar de faltar bastante, muita gente talvez jogue sua última cartada na Bélgica, Kimi Raïkkönen por exemplo.

Depois do título no ano passado, e do bom começo neste ano, seu ritmo caiu. Tem levado "pau" do Massa em todos os treinos livres e a frieza natural já anda dando nos nervos da imprensa italiana, tão passional como é.

Para Kimi é vencer ou ter que ajudar Felipe Massa até o final do ano.

Enquanto isso, Felipe Massa está focado como nunca no campeonato, vive ótima fase e, de quebra, tem toda a atenção (negativa) da imprensa italiana e dos próprios ferraristas voltadas para o companheiro de equipe.

Com todo o apoio e bajulação recebidos, o "Pequeno Notável" tem pouco com o que se preocupar além de correr, e só não lidera o campeonato pela infelicidade do motor estourado em Hungaroring.

Por falar nisso, os motores da Ferrari, que quebraram nas duas últimas provas (o de Felipe na Hungria e o de Kimi em Valência), são as únicas coisas capazes de tirar o sono de Massa nessa reta final, fora o inglês Lewis Hamilton.

Falando em Lewis Hamilton, que lidera o mundial com 70 pontos, seis a frente de Felipe Massa e vem também numa excelente fase.

O jovem de 23 anos continua fazendo uma bela temporada, vem pontuando com certa regularidade, salvo algumas bobagens numa corrida ou outra (alguém aí disse Montreal?), e disputa ponto a ponto o título novamente, como já fizera em sua temporada de estréia.

Talvez possa levar uma pequena vantagem sobre Massa na reta final por já ter experimentado a pressão que é decidir um título mundial nas últimas provas do ano. Em 2007 ele sucumbiu à essa tal pressão e perdeu a taça, mas como o brasileiro estava fora daquela briga, nesse ponto Hamilton é mais do que "vacinado".

O campeonato ainda está em aberto, 2008 tem tido várias surpresas, zebras e burradas homéricas, a Ferrari ainda possui um carro melhor, mas que já não é tão superior como foi no começo da temporada.

Ainda assim, ainda acho que, de Spa, só saem dois que lutarão pelo título, Massa e Hamilton. Quem estará na frente? Não faço a menor idéia, me perguntem isso lá pra umas 11:30h da manhã quando a corrida acabar que talvez eu responda.

Bom domingo!

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Boa sorte para Aloísio

Linkado do Blog do Paulinho:


“Não vou chorar, não (risos). Eu vivi três anos neste clube e tenho de agradecer ao presidente, à diretoria e à comissão, principalmente ao Muricy, que não foi só um treinador, mas um pai para mim (emocionado, o jogador segura o choro). Ele sempre conversava comigo e agradeço muito o que fez por mim. Quando perdemos a Libertadores para o Grêmio, muitos queriam mandar embora eu, o Souza e o Leandro. Mas ele me bancou e fomos campeões brasileiros.”

“Quero agradecer grupo pela homenagem a mim (Rogério entrou em campo com a camisa dele no clássico contra o Santos). Falei para o patrão (Rogério Ceni) que fiquei feliz em ter jogado com um dos melhores goleiros do mundo. Deixava de chutar para dar aquela caidinha para ele cobrar falta. A melhor memória que vou levar foi do Mundial. O Mineiro fez gol e ele fez defesas que jamais vi na vida.”

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Aloísio nunca primou muito pela qualidade técnica, em compensação sua garra e disciplina são exemplares.

Vi poucos que se dedicaram tanto pelo São Paulo nesses quase 20 anos em que acompanho o futebol. Nunca deixou o campo, uma partida que fosse, sem a camisa estar colada no corpo de tanto suor.

O "Chulapa", por incrível que pareça, deixa saudades. Eu mesmo, que tanto o critiquei pela falta de técnica e os poucos gols marcados, vou sentir falta da sinceridade, da simplicidade, do bom astral e das dancinhas hilárias dele.

Três anos de altos e baixos, mas inesquecíveis. As portas estarão sempre abertas.

Boa sorte ao, agora, Aloísio das Arábias!

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Perdidinho da Silva

SBT faz Maisa virar boneca que fala

Por Fabíola Reipert

Maisa, seis anos, ficou encantada quando pegou sua própria boneca no colo. Quem viu a cena diz que seus olhos brilharam. A boneca Maisa fala oito frases (tiradas das que a menina diz no "Sábado Animado", do SBT) e deve custar em torno de R$ 60.

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Peraí! Mas ela é uma criança de verdade? Fiquei confuso agora...

Só um boneco de controle remoto pra falar aquelas atrocidades ao vivo na TV, tipo um Xaropinho, do Ratinho, ou o Louro José, da Ana Maria Braga, só que ultra-moderno.

Uma criança de seis anos não possui tanto conhecimento da vida para, TAMBÉM, duvidar que o Acre realmente existe.



Conheço alguém que vai adorar ganhar uma dessas bonecas no Natal.

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Lembrete

No próximo sábado, dia 6, terão início os Jogos Para-Olímpicos, também em Pequim, e fazendo uso das mesmas instalações da última Olimpíada.

A delegação para-olímpica brasileira aporta na China com quase 200 atletas, será a quarta maior dos Jogos.

Assim como ocorre com os atletas olímpicos, os para-olímpicos do Brasil sofrem com um certo descaso e falta de incentivo das Confederações, Comitê Para-Olímpico Brasileiro e, principalmente, do governo.

E assim como ocorre nas "Olimpíadas padrão", muita gente boa e dedicada vai até lá e acaba por conquistar resultados expressivos, apesar do pouco apoio.

Mesmo com tudo contra, o Brasil é uma das potências para-olímpicas e em Atenas ficou entre os cinco primeiros países no quadro geral de medalhas, em quarto lugar se não me engano.

É meio utópico, eu sei, mas gostaria muito de ver as pessoas e a imprensa acompanhando-os com a mesma atenção dedicada aos atletas que não são portadores de deficiência.

Já que as transmissões dos Jogos Para-Olímpicos, se fossem realizadas com um mínimo de empenho, já passariam de madrugada mesmo, não importando o horário real das disputas, como os Jogos vão rolar na China, os caras têm o dever de transmitir as competições.

Se nem a internet, nem o meu pc me derrubarem, vamos noticiando e comentando aquilo que for possível aqui no Mundo.

Vejo vocês aqui.

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García Márquez 'sofre como um cão' com qualidade da imprensa atual

Da redação Comunique-se e agências internacionais

Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982, o jornalista e escritor Gabriel García Márquez afirmou “sofrer como um cão” por causa da má qualidade da imprensa escrita atual.

Antes da abertura do VI Seminário Internacional Sobre a Busca da Qualidade Jornalística, em Monterrey, no México, “Gabo” afirmou que leva o jornalismo na alma e que lê vários jornais diariamente. “Cada manhã é um desastre, sofro como um cão”.


O autor do premiado “Cem anos de solidão” criticou a falta de tempo que os jornalistas dispõem hoje para pensar no que escrevem.

"Não lhes dão tempo. Fecham os jornais às 18h, quando deviam fechá-los às 21h. Foi sempre assim, mas antes havia uma vantagem: o jornal era mais difícil de fazer e as máquinas nunca funcionavam bem, o que nos dava tempo para pensar um bocadinho".

Comentando sobre os diferentes tipos de mídia, García Márquez comenta que, apesar de ter de competir com rádio e TV, a imprensa escrita tem uma grande vantagem sobre o meio eletrônico.

“Escrever sai da alma. Os outros meios são aparelhos, são máquinas”.

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Em desabafo, Cielo exime CBDA de créditos por ouro

Da Gazeta Press

Pela primeira vez após se tornar o primeiro nadador do País a ganhar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos, César Cielo fez duras críticas à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Nesta terça-feira, o campeão dos 50 m livre nos Jogos de Pequim não creditou sua conquista na China à entidade máxima da modalidade, sobretudo após as desavenças ocorridas desde 2005.

Cielo teve alguns problemas com a CBDA nos últimos três anos, e de 2006 até os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no ano passado, chegou, inclusive, a ficar sem patrocínio. Apenas um membro da Confederação foi poupado pelo nadador: Ricardo Moura, diretor técnico de natação.

"Não estou associando a minha imagem com a CBDA porque, na verdade, ela tem pouco a ver com a minha conquista", iniciou Cielo, que marcou presença no Corinthians nesta terça-feira para prestigiar o Troféu José Finkel. "A exceção é o Ricardo", prosseguiu.

Moura foi responsável pela decisão de integrar o técnico de Cielo, o australiano Brett Hawke, à comissão técnica da Seleção Brasileira Olímpica durante os Jogos de Pequim. Embora a medida tenha dado certo, com o nadador retornando da China com o ouro dos 50 m e o bronze dos 100 m livre, a medida não agradou muito a equipe verde-amarela.

"Querendo ou não, eu vou ser campeão olímpico pelos próximos quatro anos e eles vão ter que me agüentar", desabafou o nadador. "Estou falando porque quero que todo mundo saiba o que acontece na verdade", finalizou.

Cielo não disputará as provas individuais (de 50 m e 100 m livre) do Troféu José Finkel, e ainda está por decidir se participará do revezamento 4x100 m. Caso confirme presença na prova, o campeão olímpico representará o Clube Pinheiros.

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É preciso ainda falar alguma coisa sobre os dirigentes esportivos no Brasil?

Salvo, talvez, alguns abnegados da Federação de Vôlei, esporte que há mais de vinte anos vem se desenvolvendo gradativamente no país e que, muito provavelmente, hoje somos uma das três principais potências mundiais tanto no masculino quanto no feminino, na quadra e na areia.

De resto, só vejo bandidos que atentam contra o talento de nossos atletas, o bolso dos clubes e federações que dirigem e, principalmente contra o bolso do contribuinte ao explorar dinheiro público sem a construção de alguma estrutura ou resultado que o valha.

Gente como Ricardo Teixeira, Grego do basquete e o canalha olímpico mor Carlos Arthur Nuzman.

Além de bancar uma Copa do Mundo em 2014, ainda vamos acabar bancando uma Olimpíada e mais banquetes regados à vinhos caros para esses vagabundos.

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Profissionais opostos

O bom

Neste 1º de setembro, o goleiro São Marcos de Parque Antártica recebeu o título de cidadão paulistano na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Justa homenagem, mais do que merecida. Aliás é pouco para um sujeito que, cada vez mais, é um tipo raro no futebol.

O tipo honesto.

Marcão foi campeão do mundo com a Seleção, campeão da América pelo Palmeiras, além de tantas outras conquistas.

Poderia ter deixado o clube após o rebaixamento em 2002, quando acabara de ganhar a Copa do Mundo e propostas do exterior não lhe faltavam.

Permaneceu no Brasil e jogou em Garanhuns (nada contra a cidade, é apenas para exemplificar) com a mesma dignidade e dedicação com que jogara, poucos meses antes, nos estádios mais modernos do planeta durante a Copa do Japão e da Coréia.

Sujeito simples, "caboclo" do interior que adora uma boa resenha, como ele mesmo costuma dizer.

Parabéns Marcão, o mais novo paulistano!

E o mau

Também nesta segunda-feira, o meia-atacante Robinho oficializou sua transferência para o futebol inglês.

Não para o Chelsea, de Felipão, como ele sonhava.

Trocou o gigante Real Madrid pelo mediano Manchester City. Não irá jogar a Liga dos Campeões (maior campeonato de clubes da Europa) e dificilmente disputará algum título com o clube onde também atuam os brasileiros Elano e Jô.

Os madrilenhos não desejavam liberá-lo, principalmente para outro grande clube europeu, mas viram-se sem saída diante do comportamento irresponsável do brasileiro que, dias antes, declarou não estar mais com a cabeça no clube.

Exatamente como fizera no Santos em 2005, quando o Real demonstrava interesse em seu promissor futebol.

Não me surpreende em nada que seu empresário seja Wágner Ribeiro, que já foi assunto de um post anterior, justamente pela maneira como seus atletas costumam sair dos clubes onde jogam.

O próprio presidente madridista, Ramón Calderón, declarou que Robinho não foi negociado por dinheiro, e sim por causa do caráter, para o bem do ambiente no clube. Completou ainda que o atleta era talentoso, mas muito mal orientado.

Robinho, com seus 24 anos, ainda tem tempo de sobra para dar a volta por cima e vencer no futebol. Mas deixando-se ser guiado por um sujeito como Ribeiro, e com atitudes que colocam em xeque o seu próprio caráter, fica meio difícil ver alguma perspectiva.

Um pouco menos de habilidade, com um pouco mais de neurônios talvez fizessem com que ele chegasse, ao menos, perto do jogador que ele acha ser.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sábados históricos nos Parques

Os Parques, Antártica e São Jorge, viveram dias históricos nesse último sábado.

Pelos lados do alviverde, os palmeirenses votaram a mudança no estatuto do clube que permite, de uma vez por todas, o início das obras para a construção da moderna Arena Palestra Itália.

O projeto todo tem sido comandado pelo economista Luiz Gonzaga Beluzzo. Homem sério e competente como poucos.

O ex-ditador/presidente do clube, Mustafá Contursi, pra variar, era contra.

E para não perder o bom costume recém adquirido de contrariar o ex-ditador, a maioria esmagadora dos sócios votou pelo bem do Palmeiras e aprovou o projeto.

É o Palmeiras cuidando de seu futuro e, cada vez mais, deixando para trás o representante mor do período de trevas em seu passado.

Já no Parque São Jorge os sócios corintianos aprovaram a reforma estatutária que permitirá acabar com as reeleições ilimitadas e outras falcatruas que levaram o clube às mãos de gente como Alberto Dualib, Nesi Curi e à parceria com a MSI.

Prestes à tornar-se um clube centenário, e dono da segunda maior torcida do País, o Corinthians hoje lidera a segunda(!) divisão do futebol brasileiro.

Hoje, aliás, também completa 98 anos de sua fundação.

A situação do Timão é ainda bem mais complicada que a do alviverde, muitos fiéis (sem trocadilhos) seguidores dos últimos algozes alvinegros ainda estão lá e continuam lesando o clube.

Mas querer mudar é o primeiro passo para conseguir fazê-lo.

Boa sorte para ambas empreitadas.

Quando tudo conspira contra

Ah! De volta à ativa!

Como foi bem fácil de se notar, este humilde blogueiro desapareceu nas duas últimas semanas.

E, também, como é possível ver, as Olimpíadas não me mataram, como eu ameaçava na última postagem.

Na verdade foi bem frustrante ter ficado sem PC durante o final dos Jogos. O período estava bastante criativo, e muita coisa que aconteceu lá na China foi digna de comentário, ao menos uma menção qualquer.

Via tudo, mas não deu pra falar muita coisa. Uma pena.

Agora que o assunto já está bastante batido, deixo meus parabéns aos heróis/atletas brasileiros que estiveram representando o País lá no outro lado do mundo.

Heróis que ficaram melhor personificados nas figuras de Mauren Maggi, César Cielo, José Roberto Guimarães e a Seleção Feminina de Vôlei pelos ouros conquistados.

Os bronzes de Ketleyn Quadros e da dupla feminina no iatismo não são (e nem podem ser) menos importantes.

Algumas medalhas talvez tenham sido menos comemoradas, como a prata do futebol feminino, do vôlei masculino e da dupla Robert Scheidt/Bruno Prada, além do bronze de Ricardo e Emanuel.

Talvez pela confiança grande na vitória desses atletas. Dane-se a cor da medalha, não dá pra ganhar sempre e eles continuam entre os melhores de seus respectivos esportes.

Os não-medalhistas também mereceram aplausos.

A equipe de ginástica, com Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Diego Hypólito e os demais, Jadel Gregório, os velocistas do revezamento no atletismo, João Derly, Thiago Pereira, enfim, todos.

Muita bobagem foi dita à respeito de muitos desses atletas após não conseguirem repetir o rendimento de competições passadas e não conquistarem medalhas que pareciam certas.

Coisa de canalhas da mídia, como Galvão Bueno, e grande parte da equipe que faz o (pseudo) jornalismo da Rede Globo.

Mas isso já é assunto pra outra hora...

Mais uma vez, parabéns aos atletas/heróis brasileiros!