terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Marcelo Portugal Gouveia e Rogério Ceni

De Vitor Birner

A história que relatarei neste post aconteceu em 2004, quando o São Paulo não vencia o brasileirão fazia 13 anos, e acabara de voltar a Libertadores após 9 anos ausente.

O então presidente são-paulino, no fim do primeiro mandato, não havia conquistado ainda os título importantes.

Ele investira na modernização da estrutura, contratara Lugano, todavia não tinha ganho nada relevante.

Márcio Aranha, importante para a reeleição de Marcelo Portugal Gouveia, trocou a situação pela oposição, e aumentou a incerteza da continuidade de MPG.

No final de fevereiro, pouco antes da derrota por 3×0 para a LDU, na primeira fase da Libertadores, em Quito, por 3×0, o presidente chamou Rogério Ceni para renovar o contrato.

O goleiro leu o documento e se assustou.

Meio sem jeito, falou: “presidente, acho que tem algo errado ma multa”.

E Marcelo Portugal Gouveia respondeu:

“Não, filho. Vou te explicar. Não sei se ganho a próxima eleição. Se o pessoal do Paulo Amaral voltar, é capaz de mandar você embora, de não renovar seu contrato. Com essa multa fica inviável que alguém te contrate e que eles te mandem embora”

Rogério ficou emocionado. Assinou o contrato chorando.

A rescisão contratual, estipulada em dólares norte-americanos, se convertida em reais, era de cerca de R$ 100 milhões.

Ano seguinte, em 2005, o resultado do trabalho de Marcelo Portugal Gouveia apareceu.

Lembro que até a data da renovação, Rogério Ceni só tinha participado de uma grande conquista, na reserva de Zetti, em 1993, no bicampeonato mundial, contra o Milan.

No mais, conquistara os estaduais de 1998 e 2000, o fraco super-paulistão em 2002, além do Torneio Rio-São Paulo em 2001 e da Copa Conmebol em 1994.

Depois do novo acerto, levantou outro estadual, dois brasileirões, a libertadores e o mundial.

domingo, 30 de novembro de 2008

O São Paulo F.C. está de luto

Faleceu por volta das 23h deste sábado (29/11), vítima de uma parada cardíaca, o ex-presidente são-paulino Marcelo Portugal Gouvêa.

Marcelo foi o mandatário máximo do clube durante a retomada de títulos do São Paulo entre os grandes brasileiros.

Sua mentalidade inovadora, igual atenção para detalhes tanto dentro quanto fora do campo, o amor pelo clube e pelo esporte em geral levaram o Tricolor de volta à esse caminho de vitórias e conquistas.

Foi o presidente que montou o elenco campeão do Mundo e da Libertadores em 2005.

Não teve tempo para ver a consagração do trabalho que ele iniciou em 2002, quando assumiu o clube. Muito provavelmente nessa tarde o São Paulo irá tornar-se o primeiro clube tricampeão brasileiro na história.

O futebol perde um grande homem.

Meus sinceros sentimentos à todos os amigos e familiares.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Brasil volta a marcar gols em casa depois de 1 ano e goleia Portugal

Com Luis Fabiano brilhando e Cristiano Ronaldo apagado, a Seleção bateu Portugal por 6 x 2 no estádio Bezerrão (DF).

A festa de políticos, cartolas, Ricardo Teixeira e seus convidados ficou completa com o bom futebol apresentado pelo escrete canarinho.

Pelo menos o povo do Distrito Federal, depois de pagar quase 180 paus pelo ingresso mais barato, também teve o direito de comemorar.

O Brasil saiu perdendo após falha boba da nossa zaga, gol de Dani aos 8 minutos de jogo.

Mas pior ainda foi o bizarro zagueiro brasileiro naturalizado português Pepe que entregou a bola para Robinho dar passe açucarado para Luis Fabiano fazer o primeiro de seus três gols.

Além dos gols, o Fabuloso também deu excelente passe para Maicon marcar o seu, após boa troca de passes entre os nossos atacantes.

Elano, num baita chutaço cruzado de fora da área, e Adriano, de cabeça, completaram o baile do time do criticado Dunga.

Enquanto Simão Sabrosa descontou para o selecionado do, mais criticado ainda, Carlos Queiroz.

Num bom jogo, onde se esperava bem menos de uma Seleção que acabou nos surpreendendo pela movimentação e quantidade de gols, e se esperava bem mais do atacante português Cristiano Ronaldo que ficou muito abaixo do futebol de melhor jogador do mundo que o caracterizou entre 2007 e 2008, o Brasil goleou como há muito não fazia deixando Dunga numa posição mais tranquila para o final do ano, enquanto o ameaçado técnico de Portugal deve acabar passando os festejos de fim de ano no olho da rua.

Vamos às notas da Seleção:

Júlio César: sem culpa nos gols e sem grandes defesas. - 5,0
Maicon: atacou bastante e marcou o gol dele. Bom jogo. - 6,5
Luisão: bateu cabeça até dizer chega. Mesmo com o ataque português sem inspiração, foi mal. - 3,5
Thiago Silva: um pouco "menos pior" do que o companheiro de zaga. - 4,5
Kléber: péssimo. Só apareceu quando quase deu um gol pra Portugal. - 0,0
Gilberto Silva: burocrático. Deu muito espaço no meio, por sorte Deco não aproveitou. - 4,5
Anderson: melhor que Gilberto. Muito atrás, prendeu demais a bola. - 5,0
Elano: correu bastante e marcou um golaço. Bom jogo. - 7,0
Kaká: controlou o meio campo no primeiro tempo. Sumiu no segundo. - 7,0
Robinho: correu bastante e se dedicou. Melhor no primeiro do que no segundo tempo. - 7,0
Luis Fabiano: partidaço! O melhor em campo marcou três gols de puro oportunismo e deu uma assistência. - 9,0
Marcelo: bem melhor que Kléber. Jogou pouco e ainda deu o cruzamento para o gol de Adriano. - 6,0
Adriano: aproveitou bem a chance que teve. Guardou o seu gol no fim do jogo: 6,0
Daniel Alves: jogou pouco. - sem nota
Mancini: jogou pouco. - sem nota
Alex: jogou pouco. - sem nota
Dunga: o time jogou bem, com mais "pegada" e movimentação. Mas ainda continua jogando como um amontoado e não como um time, e só teve vida fácil porque Portugal não marcou ninguém. - 5,5

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quem fala o que quer...

“Ninguém pode fazer você ser mais lento por meio de um contrato.

Se for mais rápido, será o nº 1.”

Michael Schumacher, sobre Rubens Barrichelo

sábado, 15 de novembro de 2008

Pensando bem... não é que é verdade!?

Todo mundo já tá cansado de saber que o pessoal do Google vive colocando várias piadinhas nas respostas às buscas realizadas pelo site (experimente digitar na barra de busca as palavras "find chuck norris" e clique em "Estou com Sorte", que você vai entender).

Várias outras referências à cultura de diversos países podem ser vistas em todos os sites do grupo Google, uma delas em homenagem à tradição "familiar" e maternal dos nossos políticos.

Preste atenção ao detalhe da foto abaixo após uma inocente busca com "câmara deputados".



Agradecimentos ao pessoal do A Nova Corja.

Yes! We can save the Princess Peach!

Realmente o povo tá acreditando que o recém-eleito presidente dos EUA, Barack Obama, pode salvar o mundo.

Mais uma prova dessa confiança está nesse site aqui:

www.superobamaworld.com/

Perdão da brincadeira, mas essa versão "Mario" do Obama ficou bem engraçada por sinal.

Divirtam-se!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O que faz um time campeão

A carta que segue abaixo foi enviada essa semana pelo zagueiro Alex Silva, jogando hoje no Hamburgo da Alemanha, aos seus ex-companheiros de São Paulo.

Foi divulgada pelo blog da Redação UOL.

Muitas vezes a gente critica o clube pelo qual torcemos ao ver o resultado final do trabalho ali no campo.

Poucas vezes temos a dimensão de tudo que veio por trás daqueles 90 minutos de (as vezes, pouco) futebol.

Lendo a carta do "Pirulito", quem manja um pouquinho de bola pode tirar uma boa conclusão do porquê de o São Paulo, mesmo remendado e jogando mal, hoje ser líder do Brasileirão, enquanto no badalado Palmeiras do Luxemburgo tem estourado uma crise atrás da outra, e o time já está em 4º lugar caindo pelas tabelas.

Amizade e bom ambiente não são garantias de vitória. No esquadrão do Corinthians, campeão Brasileiro de 1998 e 1999, a maioria dos jogadores nem se olhava na cara.

Mas aquele time era muito bom, não passava por apertos, e quando passou a gente se recorda no que deu. As duas eliminações na Libertadores para o Palmeiras em 1999 e 2000 estão aí pra provar.

Aqueles times do Felipão eram, teoricamente, inferiores. Mas saíram vencedores em ambas oportunidades. Eram guerreiros, doavam-se em campo pelo time, torcida e uns pelos outros.

O ambiente era bom e havia amizade.

Na hora do aperto isso faz muita diferença.

Do blog da redação (UOL Esporte)

Meus companheiros de São Paulo,

Primeiramente, venho agradecer a todos vocês pelo que fizeram por mim nesses dois anos e meio que fiquei aí. Todos os dias eu agradeço a Deus por ele ter colocado pessoas como vocês em minha vida, que me ajudaram a chegar até aqui.

Não pensem que porque estou aqui na Europa eu me esqueci de vocês. Sinto muita falta de tudo isso aí. Sinto falta das brincadeiras, das duras do Muricy, das preleções, das refeições na concentração. Sinto muita falta!

Mas eu tive que fazer meu pé-de-meia e abrir mão das coisas que eu mais gostava, que era esse elenco aí. Por isso, vim pra cá, pra Alemanha, pra poder começar a construir meu futuro.

Mas meu coração está aí, junto com vocês todos os dias, em todos os jogos. Os canais brasileiros ainda não estão instalados em casa pra eu poder ver vocês jogarem, mas estou acompanhando pelo site todos os jogos com uma narração de rádio, o que é horrível, pois o coração sai pela boca!!!!

Hoje, sou um homem realizado porque joguei com vocês, com cada um de vocês, que tem caráter e um profissionalismo enorme. Lembro o que passamos no começo do campeonato, altos e baixos. Então, sei que não foi fácil o que vocês conquistaram pra chegar onde estão, que é no topo da tabela.

Eu me sinto orgulhoso de vocês e falo do São Paulo aqui, de vocês, de cabeça erguida, com o peito estufado. Me sinto orgulhoso de ter feito parte de tudo isso aí, de ter feito amigos como vocês que me ajudaram a chegar até aqui.

Agora falta pouco, e ninguém vai tirar esse título da gente. Só tira se vocês quiserem, coisa que não vai acontecer. Vocês têm talento, nasceram pra brilhar e pra serem campeões. Lembrem-se que isso vai ficar na história de cada um de vocês, três vezes seguidas campeões brasileiros. Isso é emocionante e fantástico pra carreira de um jogador.

Hoje, você pega Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, melhores do mundo… Mas eles não terão e não têm uma coisa que vocês terão em seus currículos, que é por três vezes serem campeões brasileiros. Isso ninguém vai tirar de vocês. Eu estou torcendo muito pra vocês serem campeões, porque eu faço parte disso um pouquinho!

Lembro sempre daquele jogo do Botafogo, que o Lúcio Flávio ia fazendo o gol do empate e eu tirei debaixo do gol. Ali, poderíamos ter perdido dois pontos e hoje estaria fazendo falta. Não fiz nem a metade que vocês fizeram, que foi lutar do jeito que vocês lutaram pra chegar no topo da tabela, mas ainda me sinto parte desse grupo e sei que nada nem ninguém vai tirar esse título da gente, a não ser nós mesmos.

Tô aqui do outro lado, mas meu coração está aí com esse grupo maravilhoso que eu nunca vou encontrar igual!

Muricy, você me ajudou muito, sou muito grato a você por tudo o que o senhor fez por mim. Você, o Milton Cruz e o Tata, o Carlinhos, o Serjão e o Haroldo. Vocês merecem mais do que todos esse título, porque todo mundo criticou a comissão depois da Libertadores, e mais uma vez estão provando os profissionais que vocês são.

Quero agradecer também à diretoria, seu Juvenal, que apostou em mim junto com o Muricy, o Milton e o Tata. Vocês me pegaram cheio de defeitos e corrigira um por um, desde a indisciplina.

Agradeço ao REFFIS, onde encontrei pessoas que eu nunca vou esquecer, nem do tratamento nem do carinho que me deram quando eu estava machucado. Betinho, Alê, Sasaki, Rosan, Dr. Sanchez, são pessoas que me não me abandonaram em momento algum na minha lesão.

Por isso que meu coração está aí, junto com vocês, rumo ao título, porque vocês me mostraram a realidade da vida, o que é ser profissional.

Meus companheiros, que me deram muitos conselhos quando eu mais precisei… Aqui, o futebol é tão fácil que estou jogando de volante e eles me acham craque. De vez em quando, abaixo a cabeça e dou aquelas arrancadas, a torcida vai ao delírio!

Estou muito feliz por vocês, companheiros!

Ainda não acabou. Continuo na torcida e na net, ouvindo a narração e sofrendo junto com vocês dentro de campo a caba minuto, podem ter certeza.

Gente, paro por aqui, senão vou acabar me emocionando.

Um abraço, Alex Silva (Pirulito)

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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ah tá! E eu sou o bozo...

Tarso diz que inquérito da Satiagraha está sendo refeito
Segundo o ministro, 'rapidamente' será visto que 'é falsa' avaliação sobre a suposta mudança de foco

WILSON TOSTA - Agencia Estado

RIO - O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira, 10, no Rio de Janeiro, que o inquérito da Operação Satiagraha , que investigou supostos crimes do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunitty, está sendo todo refeito pela Polícia Federal (PF) para ser apresentado à Justiça livre de provas obtidas de maneira ilegal. Ele disse que estão enganados aqueles que acham que a PF abandonou as investigações sobre Dantas para investigar o delegado Protógenes Queiroz, que presidiu as investigações na sua primeira fase e deverá ser indiciado por violação de sigilo e escuta sem autorização judicial.

Segundo o ministro, "rapidamente" será visto que "é falsa" a avaliação sobre a suposta mudança de foco dos federais, que trabalham, disse, tecnicamente e com profissionalismo. "O que está sendo feito é um refazimento do inquérito do Daniel Dantas, que vai dizer se ele tem responsabilidade ou não, não estou prejulgando", afirmou o ministro, após reunião com o superintendente da PF no Rio, delegado Valdinho Jacinto Caetano, cujo nome praticamente confirmou como novo Corregedor da PF, a partir de dezembro.

"Aquela equipe técnica que foi para São Paulo, de delegados, de peritos, de agentes, que foi para lá para fazer o inquérito, está trabalhando em silêncio, tecnicamente, judiciosamente, com a participação do Ministério Público, fazendo e refazendo todo o levantamento. Tudo o que for apresentado agora naquele inquérito vai estar livre de qualquer nulidade e de qualquer problema que tenha ocorrido anteriormente."

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Engraçado, não que eu queira atestar a idoneidade de qualquer um deles, até porque não os conheço e não possuo procuração para defendê-los, mas não é muita coincidência que justamente os dois responsáveis pela ida do banqueiro Daniel Dantas à cadeia em duas oportunidades, o delegado Protógenes Queiróz (que comandou a operação Satiagraha) e o juíz Fausto de Sanctis (que cassou o habeas corpus dado à Dantas pelo ministro do Supremo Trbunal Federal, Gilmar Mendes) estejam passando por uma "caça às bruxas" nesse exato momento?

Protógenes Queiróz foi afastado do comando da operação e agora é investigado na CPI dos grampos telefônicos por, supostamente, ter-se utilizado de grampos ilegais com ajuda da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) durante as investigações da Satiagraha. Em suma, de acusador tornou-se acusado.

Já o juíz de Sanctis, além de ter sua decisão sobre a manutenção de Dantas na cadeia cassada pelo mesmo juíz que libertou o banqueiro da primeira vez (o ministro do STF Gilmar Mendes), tem sido criticado vêementemente pelos pares do ministro Mendes no Supremo por sua decisão de tentar manter Dantas preso, corre o risco de ser afastado do julgamento do caso à pedido dos advogados do banqueiro, o pedido irá para a análise de três desembargadores em breve. Ou seja, de julgador virou julgado.

Enquanto isso, o banqueiro Daniel Dantas, que, durante os depoimentos que deu na sede da PF aqui em São Paulo, ameaçou delatar gente "graúda" que fez parte do seu esquema de corrupção, continua solto e sai cada vez mais do foco ao ver seus principais algozes entrarem sob a mira da lei.

Sobre a polêmica do "Orlandinho"

Bem, como vocês devem ter visto em algum lugar, na semana retrasada rolou uma cena na novela A Favorita, da Globo, onde o tal do Orlandinho (personagem de Iran Malfitano, na trama, homossexual assumido) diz que gostaria que o seu suposto filho com a personagem da Deborah Secco fosse são-paulino, quando o personagem de Cauã Reymond (o verdadeiro pai da criança) dá uma camisa do Corinthians de presente para o bebê.


Pra quem não viu a cena, é só dar play no link do youtube que está no fim do texto.


Vocês devem estar se perguntando o por quê de eu voltar nesse assunto só agora, certo?


Não comentei antes porque não vi a cena, fiquei sabendo dela pelas notícias divulgadas, principalmente, nos jornais esportivos.


Como o assunto voltou à tona lá na faculdade hoje, resolvi publicar o que penso sobre a “suposta” provocação da Vênus Platinada aos tricolores paulistas.


A cena em si não tem nada demais, o futebol faz parte de nossa cultura, nada mais natural que até personagens de novela possuam suas preferências futebolísticas.


Os clubes citados, em específico, e os papéis atribuídos a cada um deles é que demonstram o preconceito, a baixeza e a completa ausência de caráter naqueles que dirigem a emissora carioca.


São Paulo e Corinthians (junto com Botafogo e Flamengo) têm se rebelado contra a Globo (dona dos direitos de transmissão dos campeonatos de futebol no Brasil) pelo pagamento de valores maiores nessas cotas de transmissão.


O Corinthians, endividado, já acenou em diversos momentos com a possibilidade de “dar para trás” no motim.


Em situação financeira um pouco melhor, o São Paulo se mantém firme em sua posição.


Comerciais e campanhas com elogios ao Corinthians têm sido lugar comum na programação da Globo durante o ano. A audiência do clube na Série B superou até a da Seleção em alguns jogos.


Desde a polêmica das legendas nos gritos da torcida corintiana no jogo contra o tricolor no ano passado (tema de um post antigo nesse blog), a audiência dos jogos do tricolor na emissora só tem caído.


Os são-paulinos não engoliram aquela história e muita gente, assim como eu, tem evitado ver as partidas do clube na Globo.


Motivos comerciais levaram à essa demonstração gratuita de preconceito.


Assim como quem se indignou com a cena também está sendo preconceituoso.


Ser homossexual não é um erro, cada um tem direito a fazer o que bem entender da sua vida e de como buscar sua felicidade pessoal.


O termo “gay” nem deveria ser considerado como ofensa ou pejorativo, mas sabemos que na nossa sociedade ainda é assim.


Sou são-paulino, mas nem por isso vou me deixar levar por essas bobagens e brincadeiras realizadas entre torcedores rivais.


Desde que não haja agressão física ou moral, a tiração de sarro entre amantes do mesmo esporte é saudável.


O que me irrita é a exposição da imagem e do nome do clube (e aí poderia ser qualquer clube, não especificamente o meu) numa citação preconceituosa, ofensiva e de cunho puramente comercial.


Faço minhas as palavras do jornalista Vitor Birner quando diz que:


“Os cartolas do Morumbi deveriam tirar proveito da campanha.


O São Paulo poderia atrair ainda mais consumidores e aumentar a torcida.


Deveria ser o time que trata os que sentem-se mal por causa da homofobia futebolística, como gente normal que são.


Ao longo do tempo, o homossexualismo não será mais um tabu e os que gostam de futebol terão time de preferência.


Até onde sei, há varias empresas de olho nessa fatia do mercado.


Cá está uma das dificuldades do ‘velho futebol’”.




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sábado, 8 de novembro de 2008

MEC vai criar comissão para definir diretrizes básicas do curso de jornalismo

Do Portal Comunique-se:

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a criação de uma comissão que vai definir as diretrizes básicas dos cursos de graduação em jornalismo. O objetivo é assegurar a qualidade da formação dos jornalistas, profissão considerada pelo ministro como central para o sistema democrático.

De acordo com informações que chegam ao Ministério, 80% dos cursos de jornalismo em funcionamento no País são de baixa qualidade. A comissão ficará encarregada de fazer propostas ao Conselho Nacional de Educação que, por sua vez, irá formular novas diretrizes curriculares. Elas servirão de base para a autorização e reconhecimento de novos cursos e para o controle da qualidade dos que já existem, permitindo, inclusive, o fechamento dos que não estiverem adequados.

Comissão será formada em breve

A comissão será formada por pessoas com sólida formação teórica, mas que também possuam experiência profissional. Ainda não existe data fixada, mas, segundo a assessoria do Ministério, ela deverá ser instituída nos próximos dias.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, durante encontro com representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).

MEC não vai interferir na regulamentação da profissão

Segundo o coordenador-geral de comunicação do Ministério, Núnzio Filho, a reunião também serviu para esclarecer que o ministro não irá interferir na regulamentação da profissão, mas na qualidade dos cursos de graduação em jornalismo.

“Se o Supremo decidir pela manutenção da obrigação do diploma, os cursos têm que melhorar. Se derrubar, eles têm que melhorar muito”, afirma Núnzio.

O presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, apóia a decisão do ministro e pretende participar ativamente na construção das novas diretrizes básicas.

“A Fenaj, assim como o MEC, se preocupa com a qualidade da graduação do jornalista”, avaliou Murillo.

Novas tecnologias modificaram o jornalismo

O presidente da SBPJor, Carlos Franciscato, defendeu a posição do ministro e informou que a última atualização curricular do curso de jornalismo foi feita há dez anos.

“De lá para cá, as inovações tecnológicas modificaram a própria forma de fazer jornalismo, a estrutura operacional, mas não modificaram o princípio”, disse Franciscato.

Também participou da reunião o presidente da FNPJ, Edson Spenthof.

Obamania

Do Kibeloco:


"Cinderela" de Santo André

Por Tutty Vasques:


O que faz o Juizado de Menores que não dá um toque nos responsáveis pela menina de 15 anos que escapou baleada da tragédia que matou sua melhor amiga no cativeiro de Santo André? Quase um mês depois, Nayara Rodrigues esteve esta semana na berlinda do Fantástico, visitou os estúdios do Projac, no Rio, e voltou ao programa de Ana Maria Braga. Tem ido mais à TV Globo que muito artista de novela. Devia estar na escola, né não?!


É claro que para uma menina na idade dela, criada na periferia da periferia, ser tratada como protagonista de um drama na emissora das grandes estrelas da TV tem um lado de conto de fadas. Nayara interpreta a si mesmo com um misto de dignidade e deslumbramento estampados em seu rostinho bonito. Não acrescenta mais absolutamente nada a tudo que já disse, mas quem liga para isso numa sociedade de culto à celebridade?


Só o Juizado de Menores mesmo.


Texto publicado no caderno Cidades/Metrópole deste sábado, no ‘Estadão’.

I have a dream (and i still having it)

Essa semana que chega ao seu final hoje, já entrou para a história em diversos campos de atuação.


No domingo, o inglês Lewis Hamilton, que já havia marcado o nome na história da Fórmula 1, durante o ano passado, ao tornar-se o primeiro piloto negro na categoria, agora, com a conquista do campeonato mundial desse ano durante o último final de semana em Interlagos, é também o primeiro negro campeão da categoria.


De quebra, Lewis quebrou o recorde de seu desafeto declarado Fernando Alonso, e agora é o mais jovem campeão da história com 23 anos e 301 dias. Alonso detinha a marca anterior (24 anos e 58 dias) desde 2005.


Se não me engano, o abusado inglês também foi o primeiro piloto da categoria a ser vice-campeão do mundo logo no ano de estréia, vindo diretamente das “categorias de base” da F-1.


Pouco mais de 48 horas depois do feito de Hamilton, outro negro entrava para a história, e dessa vez numa escala bem maior.


O Senador norte-americano Barack Obama foi eleito presidente da maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos.


Nascido em uma família pobre, de origem muçulmana, criado pela avó entre a Indonésia e o Havaí, Obama formou-se advogado na Universidade de Harvard, fez diversos trabalhos sociais, foi líder comunitário, deputado, senador de grande destaque na nova cena política norte-americana e agora chega ao posto de “homem mais poderoso do planeta”.


De fala calma, porém enérgica, e dono de um carisma incomum aos políticos (algo que eu poderia apelidar de “simpatia sincera”), Obama ganha a admiração das pessoas pela franqueza com que fala e se porta diante delas, sem fazer uso recorrente dos clichês políticos habituais.


Seu carisma acabou por torná-lo um fenômeno mundial, o que acabou trazendo para as eleições presidenciais norte-americanas uma expectativa mundial jamais vista antes.


Se é realmente verdadeiro em seu modo de agir ou não, só Deus sabe, mas admito nutrir admiração por ele desde que a repercussão de seu trabalho como Senador e a possível candidatura à Casa Branca despertaram minha curiosidade e acabei conhecendo sua trajetória pessoal e política.


Tanto Hamilton quanto Obama já se mostraram extremamente competentes em suas respectivas áreas e merecedores das vitórias alcançadas neste ano, mas não são tema deste texto por acaso.


Ambos, apesar da competência, tiveram seus feitos supervalorizados em função do principal fator comum à eles: a etnia.


Propositalmente destaquei isso na introdução do texto, para expor um paradoxo que notei nessa epifania toda gerada em torno deles.


Com suas iminentes vitórias, Hamilton e Obama tiveram a imagem associada pela imprensa em diversos momentos na semana que passou. Única e exclusivamente por serem negros, já que atuam em campos completamente distintos.


Hoje, por repetidas vezes, o famoso discurso de Martin Luther King, que inspirou o título deste post, foi citado em reportagens sobre a vitória de Barack Obama.


King, dizia ter o sonho de um mundo onde todos fossem julgados pelo que eram, e não pela cor de sua pele.


Num certo telejornal diziam que o sonho dele estava sendo realizado, mas será realmente?


Que diferença haveria se Hamilton e Obama não fossem afro-descendentes?


Seriam menos competentes e/ou qualificados por causa disso?


Seus respectivos feitos seriam menos importantes e admiráveis se fossem brancos, japoneses, índios pele-vermelha ou sei lá o quê?


Luther King (onde quer que esteja) terá que esperar um pouco mais com seu sonho, hipocrisia e irracionalidade ainda permeiam muitas mentes, pré-conceitos mantém-se fortes, e continuaremos a ser julgados não só pela cor da pele, mas, principalmente, pelo saldo das contas bancárias.


Obviamente a vitória de Obama, principalmente num país sistematicamente racista e preconceituoso como os EUA, é um marco digno de parabéns não somente à ele, como ao povo americano que mostrou-se (ao menos a maioria) arrependido dos oito anos de xenofobia, terrorismo psicológico, entre tantos outros atributos do governo Bush.


Aplausos para ambos, Hamilton e Obama.


Meus parabéns!


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* Texto seria originalmente publicado na quarta-feira, 05/11.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

1ª velinha...

PQP! Um ano de blog completado na última quarta-feira e nem um post especial pra comemorar!?

Pois é, meu pc permanece no estaleiro (dessa vez acho que sai de lá, até sábado), e a faculdade está me matando.

Quem mandou querer ficar responsável pelo raio de um telejornal!?

É a vida amigos... é a vida...

Parabéns (atrasados) à todos que já estiveram e/ou continuam por aqui.

Valeu pela companhia.

Abraços e beijos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Desculpas ao esporte e aos atletas brasileiros

Por RONALDO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO*

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;

Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;

Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;

Desculpem pela falta de incentivo na base;

Desculpem pela falta de praças esportivas;

Desculpem pelo discurso de que "o esporte serve para tirar a criança da rua" (é muito pouco se for só isso!);

Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;

Desculpem se muito cedo lhe tiraram o "esporte-brincadeira" e lhe impuseram o "esporte-profissão";

Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;

Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um "exame de faixa";

Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.

Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;

Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;

Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;

Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;

Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;

Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;

Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);

Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a "Lei do Gérson" (coitado do Gérson);

Desculpem pelos secretários de esporte de "ocasião", cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);

Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;

Desculpem por pensar em organizar "Olimpíadas" se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;

Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se "exilarem" no exterior caso pretendam se aprimorar no esporte;

Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.

Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;

Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;

Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;

Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;

Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

*Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho é professor da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB) e da Universidade Católica de Brasília.

Quase lá...

Mais uma semana sem postagens. Meu Pc continua fora do ar, mas, se der tudo certo, devemos ter tudo funcionando novamente na próxima semana.

Vamos ver se dá pra voltar antes das eleições.

Abraços!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ô boca!

Seis dias sem novas postagens... o que isso significa?

Que o pc deste blogueiro aqui pifou, nunca vi, a gente não pode mais nem brincar com as coisas!

Bom, as eleições continuam rendendo uma série de piadas que, só não são mais engraçadas porque esses malditos candidatos talvez acreditem mesmo nas barbaridades que eles falam...

As Paraolimpíadas se encerraram com mais uma bela participação do Brasil, batemos o nosso recorde de medalhas de ouro na competição (foram 16em Pequim, contra 14 em Atenas-2004), mesmo com o prejuízo que levamos com a reclassificação do nadador Clodoaldo Silva.

Terminamos os Jogos na 9ª colocação, também uma marca histórica, pois preciso corrigir o que escrevi sobre a nossa participação nas Paraolimpíadas de Atenas, ficamos em 14º lugar e não em 4º como escrevi anteriormente. Desculpem-me pela pequena incorreção.

Meus parabéns à todos os nossos atletas paraolímpicos que estiveram em Pequim, mais uma vez marcando o nome de nosso país na história do esporte.

Abraços!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Flamengo 'blinda' Jade e a proíbe de dar entrevistas
Motivo é a briga do pai com a confederação de ginástica artística, pela lesão grave no pulso direito

Por Milton Pazzi Jr. - estadao.com.br

SÃO PAULO - O Flamengo resolveu criar uma couraça em Jade Barbosa para não prejudicar ainda mais a recuperação de sua lesão no pulso direito. Ela está proibida de dar entrevistas e pode até não disputar a finalíssima da Copa do Mundo de ginástica artística, em dezembro, por estar envolvida numa briga com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que é acusada de esconder o problema, com o arquiteto César Barbosa, pai da atleta.

A decisão de mantê-la longe dos jornalistas, tomada pela vice-presidência de Esportes Olímpicos do clube, não tem prazo para terminar, já entendo a polêmica que o caso criou. "Só estamos pensando na recuperação dela. [Os jornalistas] só poderão fazer imagens. Eu não tenho detalhes de como foi o trabalho com ela na Olimpíada, porque não estava lá. Mas confirmo que a lesão é grave e agora temos muito a fazer", diz o técnico da ginasta no Fla, Ricardo Pereira.

Com muita fisioterapia e exercícios em academia, a intenção do clube é recuperá-la para o principal evento do esporte. É certo que Jade não participará da etapa da Copa do Mundo agora em outubro. "A Jade não pode nem pegar num mouse. Ela toma remédios para se recuperar e treina os outros segmentos normalmente", reforça Pereira. A lesão no pulso direito, segundo relato da assessoria de Imprensa do clube, é resultado de um desgaste que faz com que tenha um pulso como o de uma pessoa de 50 anos.

A acusação mais recente foi feita pela atleta, que diz ter tomado o remédio Prexige, antiinflamatório com comercialização suspensa pela suspeita de causar efeitos colaterais, em quantidade acima da recomendada - até três comprimidos por dia, ao invés de um - para poder disputar a Olimpíada de Pequim. A CBG, mediante a acusação, anunciou que concederá uma entrevista coletiva nesta sexta em Curitiba com a presença do médico da entidade, Mário Namba.

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Agora eu quero ver o canalha do Galvão Bueno falar naquela maldita "força mental", termo que ele inventou durante as Olimpíadas para classificar os atletas que ganharam (os que tem a tal "força") e os que não ganharam medalhas (os que não tem).

Pelo menos ter o pulso de uma pessoa de 50 anos ele sabe como é. Aliás, sabe até como é o pulso de alguém bem mais velho.

Vocês conhecem esse lugar?

Aliás, ontem assistindo ao debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, vendo eles falarem sobre as suas realizações, conquistas e etc, eu fiquei com a impressão de que tô morando na cidade errada, essa aqui onde eu estou não deve ser a mesma que eles falaram lá não!

Fui só eu ou vocês também pensaram nisso?

Eleições 2008 - 2º Debate da Band em São Paulo

Ontem rolou o debate entre os candidatos à prefeito de São Paulo.

Embora com muito blá, blá, blá (como sempre ocorre), a discussão foi bem mais "animada" do que a que ocorreu no mês passado.

Fazendo uma análise rápida, para mim quem levou vantagem foi o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Afinal, como disse o Noblat em seu blog, ele entrava lá com a campanha em plena ascenção, enquanto Alckmin (PSDB) vem numa certa decadência, ou seja, era só manter o ritmo e desviar-se das "balas" disparadas pelos adversários que, no mínimo, perder o ritmo do crescimento ele não iria.

Soninha Francine (PPS) foi mal novamente, muito nervosa e distraída, acabou levando uma "invertida daquelas" de Paulo Maluf (PP) no segundo bloco.

Maluf é "macaco velho", com a velha lábia que lhe é tão peculiar, foi quem quebrou o marasmo inicial do debate com suas frases de efeito. Mas bater daquele jeito na gracinha (mas inexperiente) da Soninha foi quase covardia.

Ivan Valente (PSOL) e Renato Reichmann (PMN) foram nulos, com presenças tão perceptíveis quanto a de seus minúsculos partidos. Ciro Moura (PTC) só não entra nessa classificação pois, para mim, é impossível não notar uma piada pronta quando estou diante de uma.

Marta Suplicy (PT) trocou farpas com Alckmin e com Kassab, gaguejou em ambas, mas saiu-se melhor contra o atual prefeito.

A continuar nesse ritmo quando é confrontada pelos seus dois principais adversários, corre o risco de perder a mão da campanha no 2º turno e perecer diante de um deles, caso Alckmin e Kassab se apóiem mutuamente, independentemente de quem disputar o próximo turno.

Ela deve estar rezando pra Kassab passar Alckmin, num segundo turno contra o democrata ambos terão que apostar na memória curta do eleitor, afinal, é bom não esquecermos que, Kassab foi Secretário de Planejamento da gestão Celso Pitta, e hoje é o prefeito queridinho da burguesia.

Enquanto Marta(xa) Suplicy teve um final de mandato tão desgastante com a população paulistana que levou uma "surra" nas urnas quando tentou se reeleger em 2004, e mesmo assim volta quatro anos depois, com as mesmas propostas, e lidera as pesquisas com folga sobre os candidatos tucano e democrata.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Brasil com "z"

Da Renata Lo Prete no Painel da Folha de S. Paulo de 04/09:

“Carro usado 1. Ao devolver anteontem à Justiça as chaves do Land Rover apreendido da MSI em 2007, Protógenes Queiroz disse que ele foi utilizado “exclusivamente” em diligências da Satiagraha. O delegado da PF, porém, continuou a usar o carro mesmo depois de ter sido afastado da operação. Em 20 de julho, estacionou-o pela última vez no aeroporto de Congonhas.

Carro usado 2. Dali Protógenes seguiu para Brasília. O Land Rover foi recolhido pela polícia mais de duas semanas depois a partir de uma notificação do estacionamento, que estranhou o abandono do veículo pelo “doutor Queiroz”. Era assim que o chamavam os funcionários do local, onde ele sempre aparecia dirigindo o Land Rover.

Carro usado 3. A Superintendência Regional de PF diz ter tomado conhecimento do incidente com o Land Rover pela imprensa, há menos de uma semana. Na verdade, foi notificada do recolhimento do carro em 14 de agosto.”

Charge - Neo


Dica das Paraolimpíadas

Já que na TV aberta é quase impossível se obter alguma informação, além do básico, sobre os Jogos Paraolímpicos de Pequim, fica aqui a dica para a cobertura feita pelo Estado de São Paulo em sua versão online.

Clique aqui e acompanhe também as notícias que não são retransmitidas neste blog.

Abraços!

Daniel Dias conquista seu quarto ouro nos Jogos Paraolímpicos

Do Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Daniel Dias não pára de brilhar nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Na noite desta quinta-feira (manhã no Brasil), o atleta ganhou a quarta medalha de ouro ao conquistar a vitória nos 200 metros medley na classe SM5 (atletas com limitações físico-motoras).

No Cubo D'Água, Daniel Dias já havia vencido a disputa dos 50 metros costas (com 35s28), dos 100 metros livre (com 1min11s05, recorde mundial) e dos 200 metros livre (com 2min32s32, recorde mundial), além de ganhar uma prata nos 50 metros borboleta e um bronze no revezamento 4x50 metros classe 20 pontos.

Aos 20 anos, Daniel Dias foi soberano na disputa dos 200 metros medley. Ele estabeleceu o tempo de 2min52s60 e cravou o novo recorde mundial e paraolímpico da modalidade. O segundo colocado, o chinês Junquan He, ficou bem atrás, com 3min00s92.

Paulista, Daniel Dias tem má formação congênita dos membros superiores e perna direita. Ele, que nada em Pequim com uma bandeira do Brasil desenhada na cabeça, começou a praticar a natação aos 16 anos.

Outro brasileiro que esteve na final dos 200 metros medley foi Ivanildo Vasconcelos. Ele terminou a disputa em sexto lugar.

A natação é o esporte que mais rendeu medalhas para o Brasil - dez até o momento. Além das conquistas de Daniel Dias, o País somou dois ouros e uma prata com André Brasil e uma prata com Phelipe Rodrigues.

Envio de gás da Bolívia ao Brasil cai pela metade

Do Estado de S. Paulo

Um novo incidente interrompeu totalmente as operações do principal gasoduto que transporta gás da Bolívia para o Brasil, segundo informou nesta quinta-feira a empresa que administra o gasoduto, Transierra. Em comunicado, a empresa afirmou que uma válvula de segurança na estação de Buena Vista, a 70 quilômetros de Villa Montes, foi "manipulada, gerando interrupção total do serviço que prestamos pelo GASYRB (gasoduto Yacuíba-Rio Grande)". "Atualmente, desconhecemos a forma como se efetuou essa manobra e se há danos", disse a Transierra. "Já mobilizamos pessoal para tomar as medidas necessárias."

Na quarta-feira, uma explosão em outro ponto do mesmo gasoduto teria reduzido em 3 milhões de metros cúbicos diários o envio de gás ao Brasil. Na nota desta quinta-feira, a Transierra afirmou apenas que "até esta madrugada a área ainda seguia em chamas, motivo pelo qual não pudemos ter acesso para avaliar os possíveis danos".

Em uma entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, disse que as Forças Armadas bolivianas devem ser convocadas para resguardar os campos de petróleo. Arce denunciou uma "tentativa de golpe civil", conduzido por pequenos grupos que promoveram atos de "vandalismo" e de "terrorismo" nos últimos dias. "A polícia já está investigando os responsáveis pelos atos de vandalismo e terrorismo". Entre os terroristas, listou a União Juvenil Crucenhista. Arce insistiu que esses grupos são financiados e respondem a ordens, mas não identificou claramente de quem. Conforme argumentou, a onda de violência coincidiu com a chegada no país de um líder da oposição que vivia em Miami.

Segundo Arce, embora o Estado de Sítio seja uma das alternativas constitucionais para a imposição da ordem no país, o governo boliviano resiste em decretá-lo porque submeteria toda a população do país a uma situação de emergência por conta de ações de grupos pequenos e regionais. Questionado sobre a resistência das Forças Armadas em reagir aos ataques civis às instalações do setor de gás e aos prédios públicos, por desconfiança de que o governo Morales não assumirá a responsabilidade pelas conseqüências, Arce insistiu que os militares "estão respondendo ao mandato do presidente". "As Forças Armadas vão participar do restabelecimento da ordem e da captura dos terroristas", declarou.

O embaixador da Bolívia no Brasil, que participou da entrevista coletiva ao lado de Arce, em um hotel em Brasília, ressaltou que a Bolívia nunca descumpriu contrato de fornecimento de gás para o Brasil e que "atos terroristas não podem estar nas previsões de nenhum governo".

(Com Leonardo Goy, Denise Crispim Marin e Renata Miranda, de O Estado de S. Paulo, e BBC Brasil)

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Ou seja, você que gastou cerca de dois mil reais pra colocar um "Kit Gás" no seu automóvel nos últimos dois anos e que agora já paga pelo combustível mais caro que o álcool, e logo logo deve começar a pagar quase o mesmo preço da gasolina pode começar a gritar:

Maldito presidente bugre filho da p%#@!!!

Enquanto isso no Engenhão...


Não faça como o time do Dunga, e não perca as histórias da carochinha e outras desculpas esfarrapadas na coletiva de imprensa!

Agradecimentos ao Kibeloco.

Desgraça pouca é bobagem

Jogador comemora com pirueta e quebra a perna, mas gol é anulado

Já dizia meu velho avô: "Na vida não há nada tão ruim, que não possa piorar."

Palavras sábias, que eu só fui entender de verdade depois de ver o vídeo que ilustra a notícia da chamada acima:



Porra! Se não bastasse o cara jogar no campeonato de futebol dos Estados Unidos (um dos mais chatos do mundo), quebrar a perna comemorando um gol que foi anulado e sair do jogo com pouco mais de 5 minutos de partida... o cara ainda é argentino!?

PQP! Vai ser azarado assim no inferno!

Deus o livre!

A seleção mais clichê do mundo

A seleção do Dunga esteve em campo nesta quarta-feira num 0x0 horrendo contra a Bolívia. Time mais 'lugar comum' impossível.

Um festival de clichês.

Dunga convocou mal como sempre, teve pouco tempo para treinar o time como sempre, e mesmo esse pouco tempo foi mal aproveitado como sempre, com rachões, treinos "me engana que eu gosto" e folga, muita folga, para os nossos folgados jogadores.

A vitória do último domingo foi um imenso engodo, o Chile pressionava e encurralava o selecionado canarinho até levar o primeiro gol e se perder completamente na partida.

O 3x0 de Santiago foi a típica vitória enganosa, um resultado contundente que mascara os erros e força à enxergar virtudes mesmo onde elas não existam, mais clichê impossível.

Aliás, é possível sim, porque culpar o Dunga e seus protegidos é comum, mas o que falar dos queridinhos (até) da torcida como Robinho, Ronaldinho, Luis Fabiano e outros medalhões?

Nada, absolutamente nada... de novo.

Apenas para não perder o costume, nossos atletas tãããããão consagrados entraram em campo num ritmo de treino, não o de um treino de verdade, mas dos treinamentos "água com açucar" da dupla Dunga-Jorginho.

Mais uma vez desrespeitaram a camisa verde e amarela, envergonharam a tradição do nosso futebol, irritaram o torcedor e saíram de campo sob uma chuva de vaias.

Mas vaiar a Seleção, corinhos de "Burro! Burro!" e "Adeus, Dunga! Adeus, Dunga!" já são clichês nessas Eliminatórias, a galera de Sampa e BH também já havia feito isso antes.

Ao menos uma coisa foi novidade, o campo vazio.

Num estádio com capacidade para 45 mil pessoas, o público quase não bateu dois terços desse total, mesmo com mais de 15 mil ingressos distribuídos gratuitamente à convidados da CBF, autoridades, cartolas, políticos e outros quetais.

Se a coisa não mudar, vou começar a 'copiar e colar' os posts antigos sobre o Brasil, porque tentar falar algo de novo sobre quem faz sempre a mesma coisa não dá.

Pra não perder mais um clichê da Seleção, vamos à nossa boa e velha avaliação.

Júlio César: não teve trabalho, a Bolívia só se defendeu durante o jogo. - 6,0
Maicon: um inútil. Mas nem contra a Bolívia ele consegue fazer alguma coisa que preste. - 2,0
Lúcio: determinado e guerreiro. Já que a Bolívia não atacava mesmo, foi pra frente tentar criar alguma coisa. - 6,0
Luisão: sem trabalho nenhum. Não teve à quem marcar, mas sem a disposição de Lúcio. - 5,5
Juan: fraco, pouco apoiou. Foi testado e provou que não serve para a Seleção. - 2,5
Josué: marcou bem, e tentou ajudar os meias. Levou cartão num lance em que ele sofreu a falta. - 5,5
Lucas: apagado. Poderia ter revezado com Josué no apoio ao ataque. - 4,0
Diego: um "cai-cai". Não serve pra ser o cérebro da Seleção, só joga no clube. - 4,5
Ronaldinho: continua fora de ritmo. Ou coloca a cabeça no lugar, a bola no pé e volta a chamar a responsabilidade, ou irão acabar com a carreira dele antes dos 30. - 1,0
Robinho: quem sabe daqui a dois anos ele jogue o futebol para ser o melhor do mundo como ele sempre faz questão de prometer nas entrevistas. Com a "bolinha" de atualmente não dá. - 1,5
Luis Fabiano: brigador jogando isolado no ataque. Buscou pouco os outros dois atacantes para tentar criar alguma coisa. - 5,0
Júlio Baptista: sempre voluntarioso. Sempre mal tecnicamente, ainda quase marcou um gol de cabeça. - 5,5
Nilmar: jogou pouco. - sem nota
Elano: jogou pouco. - sem nota
Dunga: precisa falar? Totalmente perdido, tem servido como boi-de-piranha para Ricardo Teixeira convencer seus pares na CBF à aceitarem a volta de Luxemburgo. - 0,0

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Catalunha em crise com seu xodó

Por Vitor Birner:

O Barcelona, um dos maiores orgulhos catalães, passa por mau momento com seu público.
O problema começou quando Guardiola escalou a equipe reserva na semifinal da Copa da Comunidade Catalã.

A cartolagem do clube deu o devido respaldo ao treinador que convive com as críticas da imprensa e fãs do Barcelona, e virou alvo.

Os engajados da região consideraram extremamente desrespeitosa a opção.

Quando o Barcelona entrou no gramado para enfrentar o Sant Andreu, três mil e quinhentos torcedores gritavam “Barça, sim. Laporta, não”.

É bom lembrar que por conta da eliminatória européia para a Copa do Mundo, apenas sete atletas do time principal estavam disponíveis.

Nenhum deles foi relacionado para o duelo que terminou com derrota barcelonista, de virada, por 3×1.

O presidente do Repitenca, clube anfitrião da competição, Tomas José, disse que “o Barcelona discriminou todos que se esforçam para o crescimento da Catalunha”.

O prefeito de San Carlos de La Rápita (cidade que recebeu o torneio) declarou ser torcedor do Barcelona, mas disse que deveria repensar as razões de não torcer pelo Espanyol.

Ingressos devolvidos e acusações de falta de apresso do Barça também foram comuns em várias reclamações.

O Sant Andreu vai encarar o Espanyol, que se classificou com a vitória diante do Santboià por 5×1, na decisão.

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A guerra entre o Barcelona e os aficcionados fãs em todo o mundo continua. A diretoria, através de seu presidente Joan Laporta está extremamente desgastada. A grande maioria apóia o clube incondicionalmente, mas pede por mudanças. Inclusive este blogueiro que vos escreve.

O mandato de Laporta vai até o próximo ano.

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O Brasileiro Voador

Por Roberto Vieira

No tempo que você leva para ler estas palavras, um brasileiro voou para a medalha de ouro.

O estádio é o mesmo.

O Ninho do Pássaro em Pequim. Um homem dispara pela pista de atletismo.

Mas ele não é Usain Bolt.

Estes são os Jogos Paraolímpicos.

E seu mundo não percebe as cores das arquibancadas.

A linha de chegada.

Seu mundo perdeu os detalhes e contornos depois de um descolamento de retina.

Como um Tostão redivivo, intuindo explosão e arte. Como um Sugar Ray Leonard.

Porém, com o agravante de um diagnóstico terminal.

A escuridão por destino.

Pela escuridão do seu novo mundo, Lucas Prado voou na distante Pequim dos mandarins.

Pela escuridão sem fim, Lucas Prado correu os 100m rasos em inimagináveis 11s03.

Apenas 1s34 mais lento que Usain Bolt.

No tempo que você leva para ler estas palavras, um brasileiro voou para a medalha de ouro.

Flash.

Na mais completa escuridão...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Máquina do Hype*
Como os excessos de publicidade podem prejudicar nossa experiência de jogo

Por Fábio Santana:

“Tradução não é uma ciência exata”, disse, sabiamente, um amigo meu. Louis Hjelmslev, lingüista dinamarquês, afirmou que cada língua ordena a realidade de uma maneira distinta. O fato é que nós, brasileiros, não temos uma palavra para o termo de origem americana “hype”. Pode-se falar em “exagero”, “badalação”, “alarde”, mas nenhuma palavra, sozinha, sintetiza, com exatidão, o conceito carregado pelo termo original. É preciso explicá-lo em uma construção mais extensa: “propaganda ou discussão na mídia dizendo, ostensivamente, ao público o quão bom ou importante é algo”. Seria algo como “publicidade exagerada”. No âmbito dos jogos eletrônicos, a máquina do hype é bem conhecida, pois é a ferramenta de muitas empresas para alimentar, com seus excessos, o interesse do público.

Durante uma reunição de investidores em maio deste ano, Satoru Iwata, o presidente da Nintendo, ilustrou muito bem o problema: “Sentimos agora que as informações estão sendo consumidas e tornadas obsoletas mais rápido do que nunca. Quando penso na situação atual como um consumidor, quando sou exposto a novas informações cedo demais, sinto que já estou cansado do produto quando ele finalmente é lançado”.

Ironicamente (ou talvez este tenha sido justamente o motivo para a declaração de Iwata), um dos jogos recentes que teve a maior enchente de mídia foi Super Smash Bros. Brawl, da própria Nintendo. O jogo foi mencionado na E3 2005, teve o primeiro trailer exibido na E3 2006 e, a partir de maio de 2007, teve notícias diárias em um blog dedicado. Foram cerca de 300 atualizações ao longo de 11 meses. Quando enfim pude colocar as mãos no jogo, tive a impressão de que já conhecia mais do que deveria. Fico imaginando qual seria minha reação ao descobrir, jogando, cada personagem e golpe. Infelizmente, a alegria da descoberta, aquela doce sensação de voltar à primeira infância, me foi roubada.

Outro bom exemplo de como o exagero de publicidade pode prejudicar a experiência inicial com o produto é Metal Gear Solid 4. Durante quase três anos, Kojima e sua equipe produziram cerca de uma dúzia de trailers, alguns com mais de 15 minutos, exibindo personagens, cenas de ação e cenários diversos. Por mais que você não consiga, obviamente, ter noção do desenrolar da trama através de vídeos promocionais, trechos importantes deles passeiam entre o seu consciente e o seu inconsciente e se alojam em um e em outro, arruinando o efeito de surpresa que algumas cenas poderiam causar no produto final.

Alguns jogos, por mais que tenham ciclos de desenvolvimentos extensos e sejam divulgados com bastante antecedência, não são vítimas graves desse mal. É o caso dos jogos da série Final Fantasy e de muitos outros RPGs, que costumam ter apenas uma premissa básica revelada, bem como detalhes vagos de protagonistas e antagonistas. Áreas avançadas geralmente não são exibidas e as reviravoltas da trama não são nem de leve aludidas. A experiência final do jogador é preservada.

O Team ICO da Sony também costuma mostrar apenas o necessário. Foi assim com ICO, com Shadow of the Colossus e, agora, com seu próximo projeto, do qual só temos uma arte conceitual – e isso bastou para despertar o interesse, sem hiperbolismos. E o que dizer da Rockstar Games? Conhecemos seus projetos com bastante antecedência, mas só vamos ver as primeiras telas e vídeos dois ou três meses antes do lançamento.

Há diversas maneiras de divulgar produtos e gerar percepção, mas nem todas respeitam a castidade dos consumidores (ou mesmo os anseios da equipe de criação, em alguns casos). Se todos os departamentos de publicidade planejassem com mais cautela o que e quando deveria ser mostrado, valorizando relevância e não quantidade, nosso primeiro contato com os jogos seria mais epifania e menos déjà-vu.

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Fabio Santana, 29, iniciou sua carreira de jornalista de games em 1995 como editor da revista Gamers. Posteriormente, na Conrad Editora, lançou a revista SuperDicas PlayStation. Foi editor executivo do núcleo de games da Futuro Comunicação e editor da revista EGM Brasil. Atualmente, integra a equipe de jornalistas de games da Editora Europa, como editor do núcleo de Gaming Books. Também escreve para as revistas Dicas & Truques para PlayStation, GameMaster, Revista Oficial do Xbox 360 e NGamer Brasil.

* Texto originalmente publicado na Revista GameMaster nº 43, Agosto de 2008.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dunga respira

Por Juca Kfouri:

O Chile é tão ruim que em dois lances o Brasil liquidou o jogo, primeiro com Luís Fabiano, o melhor em campo, e depois com Robinho, em passe de Luís Fabiano.

Robinho que, por sinal, tinha perdido um gol feito nem bem o jogo tinha 10 minutos.

Verdade que o chileno Suazo perdeu outro, em seguida.

Embora ninguém tenha perdido pênalti, com exceção de Ronaldinho, que pusera a bola na cabeça de Luís Fabiano no primeiro gol.

Seja como for, e já com Valdívia em campo, o Chile não podia mesmo ser oponente, como muito menos a Bolívia será na quarta-feira.

No segundo tempo, genial, Kléber tratou de ser expulso, burrice felizmente compensada por outro esperto, Valdívia, em seguida.

Então, o árbitro não deu um pênalti para o Chile e Luís Fabiano todo atrapalhado fez 3 a 0.

Dunga sobrevive, tomara que desista de Kléber por enquanto, ao menos, e de Diego, como titular, para sempre.

Este blog, em homenagem à vitória e ao Dia da Independência do Brasil, se exime de dar notas.

Até porque elas não seriam muito generosas.

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Concordo em gênero, número e grau. O que está aí em cima é basicamente o que eu pensava em escrever, no caminho de volta para casa, após assistir à partida na casa de um amigo, inclusive tentava achar um pretexto bom para não ter que dar notas à nossa péssima Seleção.

Na quarta-feira voltaremos com a programação normal.

domingo, 7 de setembro de 2008

Boca-de-siri

Por Tutty Vasques:

Se "a única tecnologia antigrampo efetivamente eficaz é não abrir a boca", como disse no Congresso o chefe do gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, isso quer dizer o seguinte: dona Marisa Letícia é mesmo uma mulher à frente de seu tempo. Não dá um pio, repara só!

Tudo uma questão de pensamento positivo

Tá vendo!? Eu disse de manhã que a ausência do Galvão "Canalha" Bueno na transmissão da F-1 era um bom presságio pro Felipe Massa.

Mesmo com o carro não andando tanto assim, e ainda dando aquela "segurada básica no acelerador" pra evitar mais uma biela estourada no motor, Massinha viu a vitória cair-lhe no colo após a batida de Raïkkönnen e a punição dada ao Lewis Hamilton por uma ultrapassagem considerada irregular.

Agora a "sagrada" arte do locutor global precisa ser evocada mais uma vez.

As 22h tem jogo da Seleção do Dunga contra o Chile, e com mais umas duas ou três "secadas" daquelas que só Galvão sabe dar, talvez nos vejamos livres do tormento de ter o capitão do Tetra no (des)controle do Brasil.

Cruzar os dedos não vai matar ninguém mesmo, né não!?

Na contagem regressiva e na torcida

Daqui a poucas horas começa o jogo da Seleção do Dunga e do Ricardo e Teixeira (porque, com essa porcaria de futebol jogado, isso não é Brasil nem fod...).

Mesmo assim continuo torcendo para que essa seja uma das últimas vezes em que nós metamos o pau no time do Dunga.

Quem sabe, daqui a umas duas semanas, nós já estejamos metendo o pau na Seleção do Luxemburgo, do Muricy ou do Paulo Autuori?

Não custa nada torcer.

Trocando as rodas

Felipe Massa pode até ter ficado feliz pela presença de Cléber Machado na transmissão do GP da Bélgica de F-1, mas para a língua portuguesa a coisa não é tão animada assim.

Trocar roda dianteira direita por roda traseira dianteira!?

Faça-me o favor sr Machado, nem Galvão Bueno, o homem que inventou a "reta curva de Mônaco", que contraria e nega as leis da física em rede nacional, tentaria se desculpar desse equívoco colocando a culpa naquela pobre Tyrrell de 6 rodas.

Paraolimpíadas 2008: 1º ouro do Brasil

Daniel Dias ganha o primeiro ouro do Brasil na Paraolimpíada
Nadador crava o tempo de 1min11s05 e estabelece o novo recorde mundial na disputa dos 100 metros livre S5

Do Estado de São Paulo

SÃO PAULO - O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. O nadador Daniel Dias venceu neste domingo a disputa dos 100 metros livre da categoria S5 (atletas com limitações físico-motoras) ao cravar a marca de 1min11s05 (novo recorde mundial).

Dias, que liderou a fase classificatória, abriu vantagem nos metros finais e superou o ucraniano Dmytro Kryzhanovsky, que ficou com a prata ao cravar 1min12s73. O bronze foi para o atleta norte-americano Roy Perkins, com 1min15s31.

A medalha de ouro foi muito comemorada pelo atleta de 20 anos. "Estou surpreso com o meu tempo", revelou Daniel Dias ao SporTV. "Agradeço a todos que me ajudaram e me apoiaram nessa disputa. E isso é apenas o começo para escutar o hino brasileiro em Pequim."

Clodoaldo Silva, que se envolveu numa polêmica antes das Paraolimpíadas (foi obrigado a mudar de categoria em uma reavaliação funcional exigida pelo Comitê Paraolímpico Internacional), terminou apenas na sexta colocação, com a marca de 1min21s14.

Os brasileiros também estiveram presentes em outras finais neste domingo. Na disputa dos 200 metros livre, na categoria S2 (atletas com limitações físico-morotas), Adriano Pereira foi o quinto colocado, enquanto Gabriel Feiten ficou na oitava posição. O ouro foi para o russo Dmitry Kokarev, com o tempo de 4min45s43 (recorde mundial).

Nos 100 metros livre da categoria S3 (atletas com limitações físico-morotas), Genezi Andrade terminou apenas na sexta posição. A medalha de ouro foi para o atleta chinês Du Jianping, que estabeleceu 1min35s21 (recorde mundial).

Quem esteve perto do pódio foi a brasileira Edenia Garcia, que terminou em quarto lugar na disputa dos 100 metros livre (S4), com 1min58s02. A medalha de ouro nesta prova ficou com a mexicana Nely Miranda, com 1min44s11.

Bom sinal

Boas novas vindas da Bélgica!

Apesar de largar em segundo lugar, o brasileiro Felipe Massa já chega antes da largada com uma considerável vantagem.

Quem narra a corrida é o Cléber Machado, que é menos "pé-frio" do que o Galvão Bueno.

Depois da prova eu volto!

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Perdeu a razão

O goleiro da Seleção Brasileira, Júlio César, foi muito infeliz e deselegante essa semana.

Tudo bem que, ser criticado e comparado com um argentino, e ainda ser colocado num nível abaixo do dele, deve ser fogo pro sujeito digerir.

Mas retrucar mandando o Lula ir morar lá na Argentina foi um pouco de abuso.

Ele, praticamente, mandou o Presidente à merda!

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Compensando o post anterior...

Putz! Agora, depois de publicado, é que eu notei que o último post ficou imenso, e você, que teve paciência de lê-lo até o fim deve estar se perguntando:

"Esse filho da mãe fica quatro dias sem escrever e quando volta resolve fazer uma Bíblia!?"

Por isso esse aqui vai ficar só com seis linhas pra equilibrar um pouco.

Abraços! (Agora são sete linhas...)

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Três momentos diferentes e decisivos na F-1

Daqui a pouco começa o GP de Fórmula 1 da Bélgica em Spa-Francorchamps, o circuito favorito de dez entre dez pilotos na F-1.

Depois de Spa, faltarão "apenas" cinco provas.

As aspas são para indicar que, mesmo com dois terços de mundial já disputados, nada ainda está definido, e muita emoção deve rolar até a última prova no dia dois de novembro em Interlagos.

Três pilotos chegam nessa "final antecipada" com momentos bem distintos entre eles, mas com um único objetivo em comum, o título.

Apesar de faltar bastante, muita gente talvez jogue sua última cartada na Bélgica, Kimi Raïkkönen por exemplo.

Depois do título no ano passado, e do bom começo neste ano, seu ritmo caiu. Tem levado "pau" do Massa em todos os treinos livres e a frieza natural já anda dando nos nervos da imprensa italiana, tão passional como é.

Para Kimi é vencer ou ter que ajudar Felipe Massa até o final do ano.

Enquanto isso, Felipe Massa está focado como nunca no campeonato, vive ótima fase e, de quebra, tem toda a atenção (negativa) da imprensa italiana e dos próprios ferraristas voltadas para o companheiro de equipe.

Com todo o apoio e bajulação recebidos, o "Pequeno Notável" tem pouco com o que se preocupar além de correr, e só não lidera o campeonato pela infelicidade do motor estourado em Hungaroring.

Por falar nisso, os motores da Ferrari, que quebraram nas duas últimas provas (o de Felipe na Hungria e o de Kimi em Valência), são as únicas coisas capazes de tirar o sono de Massa nessa reta final, fora o inglês Lewis Hamilton.

Falando em Lewis Hamilton, que lidera o mundial com 70 pontos, seis a frente de Felipe Massa e vem também numa excelente fase.

O jovem de 23 anos continua fazendo uma bela temporada, vem pontuando com certa regularidade, salvo algumas bobagens numa corrida ou outra (alguém aí disse Montreal?), e disputa ponto a ponto o título novamente, como já fizera em sua temporada de estréia.

Talvez possa levar uma pequena vantagem sobre Massa na reta final por já ter experimentado a pressão que é decidir um título mundial nas últimas provas do ano. Em 2007 ele sucumbiu à essa tal pressão e perdeu a taça, mas como o brasileiro estava fora daquela briga, nesse ponto Hamilton é mais do que "vacinado".

O campeonato ainda está em aberto, 2008 tem tido várias surpresas, zebras e burradas homéricas, a Ferrari ainda possui um carro melhor, mas que já não é tão superior como foi no começo da temporada.

Ainda assim, ainda acho que, de Spa, só saem dois que lutarão pelo título, Massa e Hamilton. Quem estará na frente? Não faço a menor idéia, me perguntem isso lá pra umas 11:30h da manhã quando a corrida acabar que talvez eu responda.

Bom domingo!

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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Boa sorte para Aloísio

Linkado do Blog do Paulinho:


“Não vou chorar, não (risos). Eu vivi três anos neste clube e tenho de agradecer ao presidente, à diretoria e à comissão, principalmente ao Muricy, que não foi só um treinador, mas um pai para mim (emocionado, o jogador segura o choro). Ele sempre conversava comigo e agradeço muito o que fez por mim. Quando perdemos a Libertadores para o Grêmio, muitos queriam mandar embora eu, o Souza e o Leandro. Mas ele me bancou e fomos campeões brasileiros.”

“Quero agradecer grupo pela homenagem a mim (Rogério entrou em campo com a camisa dele no clássico contra o Santos). Falei para o patrão (Rogério Ceni) que fiquei feliz em ter jogado com um dos melhores goleiros do mundo. Deixava de chutar para dar aquela caidinha para ele cobrar falta. A melhor memória que vou levar foi do Mundial. O Mineiro fez gol e ele fez defesas que jamais vi na vida.”

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Aloísio nunca primou muito pela qualidade técnica, em compensação sua garra e disciplina são exemplares.

Vi poucos que se dedicaram tanto pelo São Paulo nesses quase 20 anos em que acompanho o futebol. Nunca deixou o campo, uma partida que fosse, sem a camisa estar colada no corpo de tanto suor.

O "Chulapa", por incrível que pareça, deixa saudades. Eu mesmo, que tanto o critiquei pela falta de técnica e os poucos gols marcados, vou sentir falta da sinceridade, da simplicidade, do bom astral e das dancinhas hilárias dele.

Três anos de altos e baixos, mas inesquecíveis. As portas estarão sempre abertas.

Boa sorte ao, agora, Aloísio das Arábias!

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