Na verdade o título seria outro (O que rola no meu mundo, para quem ficou curioso), mas eu achei que ficava impessoal demais já que pela primeira vez eu vou divulgar um texto literário escrito por mim.
Este texto vai como homenagem a um amigo que tem um blog cheio de poesias mas não rogou-se ao mínimo de me passar o endereço, então como da última vez que eu citei ele aqui chamando-o de filho da p*** ele ficou ofendido, dessa eu dedico a postagem a ele.
Em tempo: o texto não foi escrito para ele, acabei de escrevê-lo (2h50 da madrugada do dia 8 de novembro). Apenas o ato de divulgá-lo vai em homenagem a esse amigo.
Resignação
Quisera perder-me entre belas palavras.
Quis estender meus passos incertos para além do labirinto de dúvidas que me rodeia.
Queria trocar meu desconsolo e solidão por esta poesia escrita com o sangue de minhas lágrimas.
E, quem sabe assim, trazê-la para meu lado.
Quisera, quis, queria... mas não posso.
Belas palavras foram feitas para os sonhadores.
São adjetivos que afloram das mentes daqueles que têm a esperança de paz e amor no coração.
Para minha mente, cansada das noites em claro, sobra a realidade de palavras duras.
Me basta, para criar, a frieza inabalável dos substantivos.
A retidão inata, quase sem desvios de significado, dos objetos diretos.
Acompanhados, exclusivamente, da solidão permanente do pronome eu.
Porque já não tenho nem tampouco terei o direito de falar nós.
Pois restou-me a companhia e o consolo da força de uma palavra que me aplaca.
E de tal forma que subjuga qualquer outro vocábulo, ato ou reação.
Mais que uma palavra ou postura, hoje é um estado de espírito.
Que não me acalma ou me redime, apenas deixa-me seguir em frente.
2 comentários:
Ae! Tava faltando poesia nessa porra! Agora não falta mais...
É que eu sou afrescalhado, até em prosa eu prefiro que tenha um pouco de poesia.
Continue postando coisas desse tipo, caralho!!!!!!
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