segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Atletas brasileiros devem ser valorizados

Assistindo as transmissões dos Jogos Olímpicos durante a última madrugada, e vendo os comentários que começam a circular por aí, notei muitos lamentando-se pelas duas medalhas de bronze conquistadas pelo nosso judô.

Diziam: "ah, é uma pena, eles chegaram tão perto!" ou então "Faltou tão pouco para o ouro." ou outras coisas semelhantes.

Será que realmente chegaram tão perto assim?

Existe um abismo enorme entre a estrutura para os esportes olímpicos do Brasil e de países como Estados Unidos, França, Japão, Austrália, etc.

Até mesmo de Cuba, uma ilha minúscula, fechada ao resto do mundo, paupérrima e cheia de embargos econômicos, nós estamos à anos-luz de distância.

O feito de Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros merece ser aplaudido de pé. Temos a obrigação de manter uma dívida de gratidão eterna com eles, e com os nossos outros possíveis medalhistas dessa olimpíada, por representarem tão bem o nome de nosso país lá fora.

País, esse, que fez tão pouco, ou nada, por esses heróis abnegados. Gente que se dedica, as vezes, até 7, 8 horas diárias de treino e não recebe qualquer incentivo do governo, ao menos que fosse um centro esportivo decente, e acabam por treinar em centros particulares.

E, em alguns casos, ainda são explorados por bandidos travestidos de dirigentes das federações de seus esportes, como no caso do basquete.

Ketleyn entra para a história como a primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica num esporte individual. Assim como Jaqueline e Sandra, em 1996, foram as primeiras brasileiras a conquistar uma medalha de ouro.

Por isso os meus parabéns aos dois medalhistas de até agora, aos que possivelmente serão até o fim dessa Olimpíada e aos que já foram heróis de outras edições.

O Mundo agradece.

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