segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A vitória do "ex-azarado"

Kimi Räikkönen festeja sua vitória ao lado de Jean Todt e de Felipe Massa

GOOOOOOOOOOOOOOO KIMI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E não é que o “azarado” Homem de Gelo da Fórmula 1 conseguiu vencer mesmo com todas as probabilidades apontando contra?

Pois é, embora poucos acreditassem que fosse possível, a sorte finalmente sorriu para o finlandês da Ferrari que mandou para o espaço a fama de azarado, devido aos mais variados percalços que lhe tiraram a oportunidade de conquistas anteriormente, vencendo uma corrida que foi repleta de problemas para seus principais adversários e agora é o campeão mundial da F-1.


Campeão merecidíssimo, por sinal, principalmente depois de toda a patacoada protagonizada pela equipe inglesa Mclaren ao apropriar-se ilicitamente e fazer uso de um dossiê contendo material confidencial da adversária Ferrari.

Antes que alguém venha dizer algo, já esclareço, não sou torcedor da Ferrari, sou um grande fã de automobilismo e na verdade até guardo maior simpatia pela própria Mclaren, no entanto fiquei bem decepcionado com todo esse episódio da espionagem industrial entre as duas equipes e não aprovei a decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em punir apenas a equipe inglesa deixando livres os seus pilotos que, claramente, sabiam que o time possuía informações da equipe rival e as estava usando em benefício próprio (principalmente Fernando Alonso). Mas isso já é outra história, então falemos um pouco da decisão do campeonato.

Kimi Räikkönen: poucos acreditavam em suas chances, acho que ele mesmo não alimentava grandes esperanças, tentando apenas fazer o seu papel de chegar a frente dos rivais e torcer para que eles tivessem problemas, e foi justamente o que aconteceu. Kimi agora pode festejar o título que merecia desde 2003, ano em que fez uma excelente temporada, mas acabou traído pela sua "falta de sorte" e acabou como vice do mundial conquistado pelo alemão Michael Schumacher (a quem nunca faltou sorte, mas também sempre sobrou competência, e é merecidamente o maior campeão da história da F-1).

Fernando Alonso: Fernandito parece não ter sentido tanto a perda do campeonato, muito pelo contrário, deve ter ficado bastante satisfeito pela forma como seu desafeto e companheiro de equipe, Hamilton, perdera um campeonato que já parecia definido a duas corridas atrás.
Cheguei a sentir um pouco de compaixão pelo espanhol durante esta temporada (apesar de ele ser um baita "mascarado"), afinal, com a forma como ele foi tratado pelo chefe da sua equipe, Ron Dennis, e pelo próprio time não deve ter sido fácil para trabalhar, por muitas vezes viu-se um Alonso constrangido mesmo durante as vitórias, sentia-se um estranho dentro de sua própria "casa", mas ainda assim foi profissional e terminou o ano fazendo o possível para vencer, mas não tinha um carro competitivo em mãos para essa última prova, ao contrário de...

Lewis Hamilton: que teve o carro "voando" na maior parte da corrida, mas sentiu a falta de experiência e errou, aliás, como errou! Errou tanto que na sétima volta já ocupava a 19ª colocação apesar de ter largado no 2º posto. O britânico mostrou ter um talento excepcional ao longo do ano, além de muita confiança e frieza para vencer, confiança e frieza que lhe faltaram nas duas últimas provas do ano, principalmente no Brasil quando tentou ultrapassar Alonso num lugar onde era impossível, saiu da pista e perdeu posições. Quando parecia estabelecer-se novamente na prova, errou infantilmente na troca de marchas, deixou o carro em ponto morto por mais de 30 segundos, caiu para a última posição e enterrou de vez seu título que era quase certo. Mas Hamilton tem realmente muito talento, e fatalmente será campeão da categoria nos próximos anos.

Felipe Massa: esse não disputava nada em Interlagos, chegou ao GP do Brasil já sem chances no campeonato mas foi preponderante para a vitória de seu companheiro de equipe. Assim como no ano passado, Massa conquistou a pole-position, manteve-se a frente durante quase toda a prova até passá-la à Kimi para que ele pudesse conquistar o Mundial. Não existe essa história de vencedor moral, mas o brasileiro demonstrou arrojo durante todo o fim de semana e maturidade ao fazer o jogo de equipe sem a choradeira tradicional do antigo piloto brasileiro da equipe de Maranello, Rubens Barrichello, só pegou mal a cara de poucos amigos no pódio e na coletiva de imprensa após a prova, afinal ele pode precisar dessa mesma ajuda por parte de Kimi no futuro. Pode não ser o mais talentoso dentre os pilotos das duas principais escuderias, mas também é um excelente piloto, agressivo e extremamente competitivo. A experiência desse ano pode trazer ao "pequeno notável" o que lhe faltou nesse ano para poder brigar pelo próximo campeonato: constância.

Rubens Barrichello: só uma ressalva rápida sobre o nosso "querido" Rubinho. Pra variar um pouco, aqui no Brasil ele quebrou novamente, mas dessa vez não teve a sua choradeira clássica, foi homem o bastante para assumir que o ano não foi bom e que seu carro era uma grande porcaria. Tomara que tenha melhor sorte no ano que vem pois, que provavelmente será seu último na F-1, e ele baterá o recorde como o piloto com o maior número de GP's disputados na história.

À Ferrari e Kimi, ficam os meus parabéns pela conquista histórica. Já à Mclaren fica o desejo de que eles repensem suas atitudes, principalmente Ron Dennis, e a maneira como lidam com seus pilotos de grande talento, mas que possuem egos igualmente suntuosos.

Concorda? Discorda? Comenta aí!!

Um comentário:

Renata Santos disse...

Desde que eu me entendo por pseudo-finlandesa eu acredito na capacidade do KIMI e sempre acreditarei.
Parafraseando o hino do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Olímpico (hahahahahah): com o Kimi onde o Kimi estiver.
E sem motivos aparentes... eu também não precisei de um Top 10 Motivos para escolher o Tricolor como parte da minha vida!

Beijos querido e adiciona o meu "coração de pedra" aí!