terça-feira, 29 de julho de 2008

Maracutaia no futebol (novidade?)

É matemático: não tem como fazer a maracutaia sozinho.
Por Vitor Birner

Se realmente houve armação, alguém mais participou. Caso você seja capaz de me explicar como apenas um atleta poderia ter aprontado sem auxílio de terceiros, por favor o faça.

Mas o STJD denunciou apenas Rafinha, do Toledo ( leia matéria da Gazeta do Povo, no fim deste post ).

E tem mais: se querem evitar os resultados convenientes aos dois times envolvidos na mesma partida, que mudem o regulamento.

Do ponto de vista desportivo, combinar o placar é o extremo da falta de ética.

Uma sujeira.

Mas a visão comercial prioriza a conquista de objetivos, e o empate classificava ( classificou ) tanto o Toledo quanto o Marcilio Dias ( foi 0 a 0 ).

A postura conservadora e pouco ousada dos times, em tais condições, é previsível.

Deveriam se matar, atacar de maneira transloucada e deixar a defesa aberta em nome da essência do futebol?

Eu respondo, sim. Só que meus interesses são os do amante do esporte.

Os cartolas, empresários e os torcedores de Toledo e Marcilio Dias, creio, gostaram do empate.

O assunto é bem difícil.

Da Gazeta do Povo.

Procuradoria isenta Toledo e denuncia jogador por marmelada

Procurador do STJD, Paulo Schimdt, afirma que o volante Rafinha será denunciado por declarações sobre suposto acerto de resultado do jogo Toledo x Marcílio Dias pela Série C. Um inquérito será instaurado e partidas poderão ser repetidas

De Angelo Binder

O procurador o Superior Tribunal de Justiça Desportiva(SJTD), Paulo Schimdt, confirmou, nesta terça-feira(29), que o jogador Rafinha, do Toledo, será denunciado com base no artigo 275 no Código Brasileiro de Justiça de Desportiva(CBJD) - proceder de forma atentatória à dignidade do desporto, com o fim de alterar resultado de competição, cuja pena é a eliminação.

Em entrevista a uma rádio de Toledo, o volante deu a entender que uma conversa entre os jogadores do TCW e do Marcilio Dias ficou acertado o resultado da partida válida pela Série C do Brasileiro.

“A denúncia será somente contra o atleta, por se tratar de pessoa física. Caso o presidente do Tribunal aceite a denúncia, as partidas envolvidas serão repetidas. Por fim, vamos pedir também a instauração de um inquérito para saber se há outros envolvidos”, revelou Schimdt à Gazeta do Povo.

A denúncia deve ser apresentada do STJD nesta terça ou quarta-feira. Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o presidente do Engenheiro Beltrão, Luis Linhares, clube eliminado com os resultados na última rodada da primeira fase, considerou um desrespeito ao regulamento da competição o não indiciamento dos clubes evolvidos na suposta marmelada. O regulamento geral da competição, no artigo 44, diz que o descumprimento das normais deste regulamento pode até excluir a equipe da competição. “Acredito que o Tribunal precisa avaliar que o jogador não falou aquilo de graça. O atleta foi mandado por alguém de dentro do clube”, disse.

Série A2 do Paulista teve caso parecido

O jogo entre Mogi Mirim e Oeste, válido pela Série A-2 do Paulista, no dia 3 de maio de 2008, foi anulado. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) alegou que os técnicos Roberto Fonseca (Oeste) e Argel (Mogi Mirim) pediram para que seus jogadores tocassem a bola na defesa, abdicando do jogo, depois que souberam do gol marcado pelo Atlético Sorocaba sobre o São Bento, aos 28 minutos do segundo tempo. No dia 25 de maio, o Mogi venceu o Oeste, por 3 a 2, e ficou com a vaga na fase seguinte da competição.

O empate por 0 a 0 garantiu as duas equipes na segunda fase da competição.

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